2012 -2014
Eduardo Corrêa Riedel
Após o período o qual substituiu Ademar da Silva Júnior no final do segundo mandato, de 2010 a 2011, Eduardo Corrêa Riedel foi eleito por unanimidade, em janeiro de 2012, como presidente da Famasul. O novo líder da federação graduou- se em Ciências Biológicas, bacharelado em Genética, na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e fez mestrado em Zootecnia na área de Melhoramento Genético Animal, na Universidade Estadual Paulista – Unesp. Também cursou MBA em Gestão Empresarial pela Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas e Gestão Estratégica para Dirigentes Empresariais, realizado pelo INSEAD em Fontainebleau, França.
A nova diretoria foi composta por Nilton Pickler, como Vice-Presidente, Ruy Fachini Filho, na função de Diretor Secretário, e Almir Dalpasquale, como Diretor Tesoureiro. Para o Conselho Fiscal foram escolhidos: Maria Lizete Barreto de Menezes Brito, João Nelson Lyrio e Reinaldo Alves dos Santos. A Diretoria Executiva foi formada por Rogério Thomitão Beretta, como Diretor de Relações Institucionais, Clodoaldo Martins de Oliveira Júnior, Diretor Técnico, e Ricardo Peixoto Velloso na função de Diretor Administrativo e Financeiro.
Logo no primeiro ono de atividades, o Senar/MS recebeu a Premiação Ouro na categoria 250 pontos em Qualidade e Gestão do Programa MS Competitivo, segundo os critérios da Fundação Nacional da Qualidade. Para estar apta à premiação, a empresa ou instituição deve se ajustar a oito requisitos: liderança, estratégias e planos, clientes, sociedade, informações e conhecimento, pessoas, processos e resultados. Reconhecimento merecido, já que a cada ano os resultados do Senar/MS cresciam em quantidade e qualidade.
Só em 2012 foram realizados 394 eventos, com a participação de 14 mil pessoas, entre produtores, trabalhadores rurais, assentados, agricultores e suas famílias, que participaram dos diversos programas e projetos. Para atingir tal resultado, a Famasul e o Senar/MS firmaram parcerias com a CNA e o Sebrae/MS. As iniciativas beneficiaram diversas regiões do estado, promovendo melhoria na qualidade de vida de diversas comunidades. Dentre eles, pode-se destacar: Projeto Pingo D’água, de assistência odontológica a trabalhadores e produtores rurais, Programa Úfero é Vida, destinado à prevenção do câncer do colo para a mulher do campo, Programa Mais Leite, Programa Mais Floresta, Programa Mais Pastagem, Programa Proovinos, Programa Mais Inovação, Programa Inclusão Digital Rural, Programa Negócio Certo Rural, Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronate, Programa Com Licença Vou à Luta e Programa Meu Ambiente com Qualidade de Vida.
A trajetória da Famasul esteve lado a lado da história da pecuária em Mato Grosso do Sul, principalmente no que envolve tecnologia, legislações, exigências para a exportação, dentre outros. Um dos destaques no setor durante a presidência de Eduardo Riedel foi a Plataforma de Gestão Agropecuária – PGA, uma ferramenta elaborada e gerenciada pela CNA para concentrar informações relativas a pessoas físicas e jurídicas de toda a cadeia produtiva. O projeto foi apresentado na reunião do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte – FNPPC, realizada na Associação Brasileira da Indústria de Exportação de Carne – ABIEC, em São Paulo, em 2012.
No mesmo ano, o corpo técnico da Famasul integrou um estudo sobre o investimento necessário para que os pecuaristas se adequassem às legislações ambientais e sanitárias brasileiras. A pesquisa foi coordenada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, da Universidade de São Paulo – USP, em parceria com a CNA. O projeto reuniu dados sobre as legislações que tratam da vacinação contra a febre aftosa, criação e conservação da Área de Proteção Permanente – APP e reserva legal, quanto ao manejo da água e esterco em confinamento e uso de defensivos e hormônios na pecuária de corte. Além de Mato Grosso do Sul, a pesquisa se estendeu aos estados de Goiás e Tocantins.
Outra iniciativa de vanguarda para a pecuária sul-mato-grossense foi a criação do Selo de Indicação Geográfica Para a Carne do Pantanal, desenvolvido por um grupo de trabalho interinstitucional que reuniu Famasul, Senar/MS, Embrapa, Seprotur, Sebrae/MS, Imasul, ABPO e Fundect. Essas oito entidades trabalharam para que a carne bovina produzida de forma sustentável no Pantanal recebesse o selo. As informações levantadas incluíram a identificação do processo produtivo, genética animal, procedimentos, fauna, flora, perfil social, dentre outros aspectos.
Um dos marcos da gestão de Eduardo Riedel foi o reconhecimento da Famasul no Congresso Mundial da Carne, realizado em Paris, em junho de 2012, em razão da organização do Congresso Internacional da Carne em Campo Grande, em 2011, reuniu 1.500 pessoas em três dias de atividades. A placa, entregue aos representantes da federação, foi o agradecimento da International Meat Secretariat pelo profissionalismo e abrangência na realização do congresso no Brasil.
Importantes representações internacionais foram motivo de orgulho e trouxeram visibilidade para a Famasul durante o período de 2012 a 2014. Eduardo Riedel integrou a comitiva aos Estados Unidos organizada pela CNA. O grupo esteve em palestras, encontros e debates sobre produção e sustentabilidade na agropecuária brasileira no David Rockefeller Centerfor Latin American Studies, da Universidade de Harvard, em Cambridge. Participou também de um curso organizado pelos professores Aldo Musacchio, da Harvard Business School, e Ben Schneider, do Massachussets Institute of Technology – MIT. A comitiva também visitou o MIT Open Course Ware, Centro Universitário de Educação e Pesquisa Privado e um dos líderes mundiais em Ciência e Tecnologia. Na oportunidade, encontraram-se com o professor Daniel P. Sharag, diretor do Harvard University Center for The Enviroment, assessor do então presidente Barack Obama e do ex- vice-presidente Al Gore.
Eduardo Riedel foi o único palestrante brasileiro a participar, em março de 2012, do seminário internacional Crescimento em transição. Quais as expectativas para o encontro de cúpula Rio+20, em Berlim, Alemanha. O tema apresentado foi Green Economy, o qual o presidente explanou sobre a utilização eficiente dos recursos naturais e a evolução das normas técnicas de produção alinhadas aos conceitos de preservação, as quais caracterizam a agropecuária no país. A participação foi fundamental para que, em junho de 2012, a Famasul estivesse também presente na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20, no Rio de Janeiro. O estande e as palestras evidenciaram os casos de sucesso da produção sustentável em Mato Grosso do Sul. As apresentações foram realizadas no Espaço AgroBrasil, organizado pela CNA, por meio de uma parceria entre Famasul, Embrapa Gado de Corte, Seprotur e Sistema Fiems.
Em agosto de 2012, a Famasul esteve na reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI do Trabalho Escravo, na Câmara dos Deputados, em Brasília – DF. O intuito foi contribuir para a elaboração de uma legislação específica que caracterizasse as condições típicas da prática irregular. A federação apontou o cenário do trabalho rural em Mato Grosso do Sul como referência, já que a evolução da mecanização, e a consequente necessidade de qualificação profissional, dificultam a contratação de mão de obra precária no campo.
Uma iniciativa audaciosa para buscar soluções para o escoamento da produção agropecuária do estado foi a Rota da Integração Latino Americana. O projeto contou com a participação da Famasul e teve como foco dimensionara logística de exportação via Oceano Pacífico. Coordenado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Mato Grosso do Sul – Setlog-MS, a expedição foi formada por cerca de 100 pessoas divididas em 30 caminhonetes e percorreu, no final de setembro e início de outubro de 2012, os 2,7 mil quilômetros que separam Campo Grande do Porto de Iquique, no Chile.
A comitiva passou pelas cidades de Santa Cruz de La Sierra e La Paz, na Bolívia, e Arica e Iquique, no Chile. Em Santa Cruz, os participantes visitaram a Expocruz, o maior evento multissetorial da América Latina no ramo de exportação. Iquique está localizada a 700 quilômetros de La Paz e possui um terminal que responde por boa parte do movimento portuário chileno. O porto está na rota do comércio internacional de produtos agropecuários e, também, é porta de entrada de produtos da Ásia. Também no Chile, a expedição passou pelo Terminal Portuário de Arica, outro importante ponto de escoamento de cargas.
No que tange ao fomento à pesquisa, a Famasul, em parceria com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul – Fundect, criaram, em 2012, o Fórum Permanente de Pesquisas Agropecuárias de Mato Grosso do Sul – FPPAgro. O intuito foi unir pesquisas e informações científicas sobre a realidade do homem do campo. No ano de 2013, o Fórum realizou um curso com o tema Integração e oportunidades em Ciência, Tecnologia e Inovação. O evento teve a presença de professores das universidades do Texas e da Flórida para abordar assuntos de interesse dos produtores, como o manejo de javalis e os cuidados com a aquicultura. O FPPAgro foi voltado a pesquisadores, professores, entidades representativas do mercado agropecuário e estudantes do setor.
Em novembro de 2013, a Famasul foi convidada a participar da comitiva organizada pela CNA que iria a Pequim, China. O objetivo foi trazer investimentos ao País e a Mato Grosso do Sul. Durante a viagem, o grupo obteve do ministro da Administração de Inspeção de Qualidade e Quarentena da China – AQSIQ, ZHI Shupin, a confirmação de que as instalações frigoríficas do Brasil seriam inspecionadas até o final do ano. Outra conquista foi a assinatura de um protocolo para a compra de milho brasileiro por parte dos chineses, o que podería representar uma troca comercial de US$ 4 bilhões.
A formação de lideranças se tornava, a cada gestão, uma das frentes mais estratégicas da Famasul. Um grande passo foi a criação da Academia de Empreendedorismo Rural de Mato Grosso do Sul – AERMS, que capacitou líderes locais para atuarem de forma qualificada no agronegócio. Foram quatro projetos centrais, sendo o primeiro o Instituto de Estudos Estratégicos do Agronegócio do MS, com reuniões bimestrais para debater assuntos atuais com o foco na busca de soluções para os problemas enfrentados no setor. O Líder MS II foi o segundo projeto, com o objetivo de preparar líderes por meio de estudos que mostrassem o funcionamento das organizações sociais, políticas e econômicas do Brasil e do mundo, conferindo título de especialização em Liderança Empreendedora do Agronegócio aos participantes.
A terceira iniciativa foi o Programa Intercâmbio Internacional de Jovens do Agronegócio, o qual as famílias voluntárias receberíam estrangeiros e, depois, poderíam enviar seus filhos para outros países, visando à troca de conhecimento e tecnologia. O quarto foi chamado de Programa Agrinho, para que as crianças e adolescentes de escolas públicas pudessem ter mais acesso ao universo da agropecuária. A proposta pedagógica levou temas transversais para alunos do Ensino Fundamental, como meio ambiente, saúde, cidadania, trabalho e consumo.
Uma tendência que ganhou força ao longo dos anos, e norteou diversas ações da Famasul, foi a sustentabilidade. Para estar em consonância com a expectativa mundial, a federação realizou, em conjunto com a Embrapa e Universidade Federal de Viçosa, o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável GTPS. Em abril de 2013, promoveram em parceria o Simpósio internacional sobre iniciativas de sustentabilidade e tendências na Europa e na América Latina: identificação e promoção de sinergias.
O encontro teve a presença de representantes de entidades do setor agropecuário da Alemanha, Bélgica, Hungria e México, com o objetivo de desenhar um panorama das demandas do mercado internacional e da capacidade brasileira de produzir alimentos de maneira sustentável. Na ocasião, foi apresentado o “Projeto Salsa”, fomentado com recursos da União Européia, e com a finalidade de criar instrumentos para estruturar as cadeias produtivas e garantir o contato entre empresas do Brasil e da Europa. O projeto envolveu doze instituições de dez países.
Em julho de 2013, a Famasul lançou o Programa Sindicato Forte, uma ideia voltada ao fortalecimento dos 68 sindicatos rurais de Mato Grosso do Sul, bem como intensificar as relações institucionais com outras entidades do setor. Foram realizadas ações voltadas à representação no sistema sindical rural, liderança, atendimento ao cliente/produtor rural e prestação de serviços ao associado. O programa foi dividido em duas etapas, sendo a primeira a capacitação de 255 colaboradores e dirigentes rurais de Dourados, Jardim, São Gabriel do Oeste, Campo Grande, Três Lagoas e Ponta Porã. Na segunda fase, foi elaborado um planejamento estratégico para cada sindicato e aplicado o índice de Desenvolvimento Sindical (IDS), o qual os dirigentes e colaboradores de cada entidade poderíam prospector ações visando ao atendimento dos associados. Nessa etapa, 57 sindicatos participaram com a orientação de técnicos do Senar Central e da Famasul. O “Sindicato Forte” beneficiou também os municípios de Dourados, Jardim, São Gabriel do Oeste, Ponta Porã, Três Lagoas e Campo Grande.
Um dos marcos de 2013 foi a decisão sobre a validade da patente da Tecnologia Roundup Ready (RR) na semente de soja no Brasil. A Famasul, a Associação dos Produtores de Soja de MS – Aprosoja/MS e entidades representativas dos agricultores de outros estados conseguiram, por meio de negociação com a Monsanto, a suspensão definitiva do pagamento dos royalties. Foram três meses de um trabalho intenso entre as entidades representativas, que resultou de forma positiva junto à multinacional.
Uma série de eventos foi promovida pela Famasul durante a gestão de Eduardo Riedel, sempre visando integrar, capacitar e valorizar o maior número de entidades e pessoas ligadas ao setor agropecuário de Mato Grosso do Sul, como profissionais, empresários, produtores, pesquisadores e acadêmicos. Dentre os destaques está a Showtec, com o tema Produção de Alimentos com Consciência Ambiental. A edição comemorativa de 20 anos aconteceu em Maracaju – MS, entre os dias 25 e 27 de janeiro de 2012.0 evento foi realizado pela Fundação MS com o apoio do Governo do Estado, por meio da Seprotur, Agraer, Aprosoja/MS, Organização das Cooperativas Brasileiras no MS (Sistema OCB/SESCOOP/MS), Biosul, MAPA, Embrapa, Prefeitura Municipal de Maracaju, Sebrae/MS e Banco do Brasil.
Em março de 2012, um encontro importante reuniu as entidades da indústria, comércio, agricultura e pecuária de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal. O 5o Fórum das Entidades Representativas do Setor Produtivo do Centro-Oeste debateu estratégias para ampliar o desenvolvimento da região, como a melhoria e a ampliação da infraestrutura para aumentara eficiência da produção agropecuária. Em maio do mesmo ano, Campo Grande foi a anfitriã do 15° Encontro Técnico do Leite, direcionado a empresários, produtores rurais, parceiros comerciais e industriais do ramo, jornalistas, acadêmicos e professores. O encontro foi realizado pela Famasul, Senar/MS e Funar/MS e patrocinado pelo Sistema OCB/MS, Sebrae/MS, Governo do Estado, Silems, Real H, Suplementar, Fiems/Senai, Tortuga, Heringer, Delaval e Semex, Silozam, Sicredi, Novartis e Rosenbuch.
Outro momento que merece ser lembrado foi a participação da Famasul no Rede Brasil Arroz, o qual colaborou no diagnóstico da cultura de arroz sul-mato-grossense e revelou os resultados da pesquisa no evento, em maio de 2012. Em junho, a Famasul sediou a reunião técnica A Segurança Alimentar do Produtor ao Consumidor e o Acesso aos Mercados Internacionais, que promoveu palestras sobre pecuária orgânica, mercado nacional e internacional, diretrizes de segurança alimentar internacional e regras de acesso aos mercados estrangeiros. O encontro foi realizado pela Associação Brasileira de Produtores Orgânicos – ABPO. Em junho de 2012 foi realizada a primeira edição do Panorama AgroMS, com palestras aos produtores rurais sobre as adequações ao novo Código Florestal Brasileiro e sobre os desafios do mercado pecuário.
Em julho aconteceu o Seminário de Logística, Infraestrutura e Agronegócio, promovido pela Famasul, Funar/MS e Senar/MS. O encontrou reuniu políticos, produtores e empresários para tratar dos desafios de investimentos para o setor. Um dos temas tratados foi a hidrovia Tietê-Paraná e o Plano Estadual de Logística para Mato Grosso do Sul. Dentre os palestrantes, esteve presente o então governador do estado, André Puccinelli, que explanou sobre a construção da ferrovia Ferroeste, ligando MS ao PR, e a Ferrovia Pantanal, que sai da divisa de São Paulo até o município de Porto Murtinho, a fim de ampliar o escoamento da produção e a participação de MS no mercado externo.
Merece notoriedade também o MS Agro, promovido em novembro de 2013, o qual a Famasul, em parceria com a Funar, Senar/MS, Aprosoja/MS, Bolsa Brasileira de Mercadorias, Fundems, Granos Consultoria, Monsanto, OCB/MS e Sebrae/MS, realizaram mais uma edição do seminário com o tema Desafios Estratégicos para a Competitividade do Agronegócio de Mato Grosso do Sul. Como palestrantes estiveram presentes, o economista José Roberto Mendonça de Barros, o presidente da Monsanto, André Dias e o senador Waldemir Moka. O especialista em agronegócio, professor da Esalq/USP, Marcos Jank conduziu a mesa redonda Construindo um novo Brasil. O Sistemas de Informações Geográficas do Agronegócio do Estado – SIGA-MS, iniciado na gestão anterior, ganhou força durante os anos em que Eduardo Riedel esteve na presidência da federação.
Em 2014, vários eventos tiveram a atuação direta da Famasul. Dentre eles, o 2o Canacentro, realizado de 19 a 21 de março no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo. Nos dias 24 e 25 de março, Eduardo Riedel representou a Famasul no Global Agribusiness Fórum 2014. O evento aconteceu em São Paulo e debateu, dentre outros assuntos, os desafios da integração comercial na agricultura, segurança alimentar, desafio de logística e infraestrutura e outros temas que desafiam o desenvolvimento sustentável da agropecuária mundial.
Durante o período em que Eduardo Riedel esteve à frente da Famasul, deu continuidade de forma pacifista e diplomática os assuntos relacionados aos conflitos agrários em Mato Grosso do Sul. Uma dessas ações aconteceu em 29 de abril de 2013, na qual a Famasul, os 68 sindicatos rurais de MS e o Movimento Nacional dos Produtores – MNP realizaram um manifesto chamado Onde Tem Justiça Tem Espaço Para Todos. O movimento reuniu cerca de 5 mil produtores rurais de MS, MA, PR e SP, que reivindicavam o fim das demarcações de terras realizadas pela Fundação Nacional do índio – Funai a então presidente da República, Dilma Roussef, que na ocasião visitava o estado. O evento ganhou cobertura da imprensa nacional e internacional e foi realizado em uma rodovia de grande fluxo de veículos, no município de Nova Alvorada do Sul – MS. De forma pacífica, o manifesto pedia soluções eficientes e ágeis para resolver os entraves agrários.
Foram diversas audiências públicas para buscar saídas justas e estabelecer a paz no campo. Em abril de 2013, duas audiências movimentaram 1,2 mil produtores rurais de Mato Grosso do Sul e do Paraná, que se reuniram nos municípios de Tacuru e Coronel Sapucaia. A ideia central foi envolveras produtores para criar estratégias para que não fosse cumprido o Compromisso de Ajustamento de Conduta – CAC, assinado pela Funai junto ao Ministério Público Federal (MPF), que pretendia criar39 novas terras indígenas no Conesul em MS. O CAC traria impactos para 28 municípios de Mato Grosso do Sul, o que significaria comprometer aproximadamente 22% do território estadual.
Em maio de 2013, a Famasul e os sindicatos rurais organizaram uma comitiva a Brasília para participar de uma audiência pública com a presença da então ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. O intuito era promover um debate sobre os procedimentos utilizados pela Funai para a demarcação de terras, além da Proposta de Emenda Constitucional – PEC 215, que concede ao Congresso Nacional a competência para demarcar e homologar as terras indígenas. No mesmo mês, foi realizada uma audiência pública na Assembléia Legislativa de MS com o tema Por Uma Demarcação Justa e Pacífica. Em junho, o então ministro- chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, reuniu- se com cerca de 100 produtores rurais de MS para discutir a demarcação de terras indígenas no País. Na ocasião estiveram presentes delegações de mais sete estados atingidos pelas invasões indígenas: MT, PR, MA, SC, BA e MG.
Em agosto, o ministro da justiça e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, estiveram em Campo Grande para dar andamento à proposta de compra de terras destinadas à ampliação ou criação de novas áreas indígenas. A reunião contou com presença de representantes do governo estadual, da Famasul, de lideranças rurais e indígenas. Em junho, José Eduardo Cardozo sobrevoou as áreas invadidas em Sidrolândia, onde a Força Nacional foi destacada para acompanhar a desocupação da fazenda Buriti.
Em janeiro de 2012, Eduardo Riedel assumiu a vice-presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), sendo conduzido, em janeiro de 2015, à vice-presidência de Finanças da entidade para o triênio 2015-2018. Riedel pediu afastamento do cargo de presidente da Famasul em Io de janeiro de 2015 para assumir a Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul. O vice-presidente, Nilton Pickler, assumiu interinamente a presidência da Famasul.
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