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“Não há transformação sem conhecimento.”

2015 -2021

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Capítulo 9

Mauricio Koji Saito

2015 -2021

Não há transformação sem conhecimento.

Mauricio Koji Saito

A Famasul comemora 40 anos de atividade em Mato Grosso do Sul na gestão de Maurício Koji Saito, o nono presidente da instituição. Empossado em 7 de agosto de 2015, o médico veterinário e agricultor tem uma carreira dedicada à produção rural e ao sindicalismo. Antes de assumir a liderança da federação, esteve à frente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS – Aprosoja/MS, de janeiro de 2014 a agosto de 2015; da Cooperativa Agrícola Mista Serra de Maracaju – Coopsema, entre 2008 e 2010; e do Sindicato Rural de Itaporã por duas gestões, de 2002 a 2005 e de 2008 a 2011.

Com o lema “Criando oportunidades, construindo soluções”, a diretoria do triênio 2015/2018 é formada por Nilton Pickler, como vice-presidente; Terezinha de Souza Cândido Silva, como Ia secretária; e Luís Alberto Moraes Novaes no cargo de Iº Tesoureiro.

Com perfil inovador, priorizando o diálogo e a coletividade, Maurício Saito planejou e tem trabalhado por uma gestão sustentada em alguns pilares fundamentais, como compartilhar conhecimento, fortalecer a parceria com a comunidade científica, assim como representar a instituição nos poderes públicos, nas esferas municipal, estadual e federal, com o objetivo maior de fortalecer o produtor rural junto aos elos da cadeia produtiva agropecuária.

“Compreendemos que o papel do Sistema Famasul transcende o individual e se fundamenta no coletivo”, afirma.

Nos primeiros dois anos como presidente, Saito e sua diretoria promoveram ações em quase todos os municípios do estado, por meio de parcerias com os sindicatos rurais e instituições públicas e privadas. No período foram realizados, aproximadamente, 200 eventos, que receberam a participação de 80 mil pessoas. “Mato Grosso do Sul é um estado com grande vocação agropecuária e essas atividades foram planejadas pensando em todos os nossos diferentes públicos: produtores rurais, sindicatos rurais, alunos dos cursos do Senar/MS, pesquisadores e parceiros”, destaca.

 

Dentre os eventos de maior destaque, está o Circuito Pecuário – Sistema Famasul, criado e lançado em 2015, em Camapuã. O programa foi levado, no ano seguinte, a Nova Andradina, Paranaíba, Corumbá e Campo Grande, e em 2017 esteve em Coxim. Em todos os locais registrou sucesso de adesão, com quantidade de participantes acima do esperado, tendo reunido produtores rurais, trabalhadores, pesquisadores, estudantes e profissionais do setor. Ao todo, mais de duas mil pessoas prestigiaram as edições realizadas.

A importância do Circuito Pecuário, conforme pontua Maurício Saito, deve-se à posição de destaque de Mato Grosso do Sul no cenário de produção da pecuária nacional, estando em segundo lugar no ranking brasileiro. Além disso, a qualidade da carne produzida no estado é um dos diferenciais que refletem na confiança do mercado internacional. “O perfil sustentável do produtor sul-mato-grossense é demonstrado no investimento em sanidade, tecnologia, genética e nutrição, o que tem conferido a esses bovinoculfores o abate de animais cada vez mais jovens e pesados.”

A atual gestão também mantém intensas atividades com a população urbana com a finalidade de oportunizara maior integração entre o campo e a cidade. Um dos destaques dessa proposta é a ExpoCorte, em 2015, que em 2016 e 2017 passou a se chamar InterCorte. Iniciativa consolidada no calendário do Sistema Famasul e reconhecida como uma das principais do setor no estado, a InterCorte inovou ao trazer para Mato Grosso do Sul, na mesma programação, a renomada Beef Week MS, evento nacional que percorre anualmente diversas capitais brasileiras.

Outro exemplo de fortalecimento do setor com a população urbana foi a realização da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central, em setembro de 2015, sendo um dos primeiros compromissos cumpridos por Maurício Saito como presidente. Organizada pelas federações de agricultura e pecuária Famasul (MS), Famato (MT), Faeg (GO) e Fape (DF), a Bienal é uma das vitrines do agronegócio em termos de inovação, empreendedorismo e competitividade, e em Campo Grande reuniu mais de duas mil pessoas.

 

Embrapa Privilégio

 

Paralelo a todos os eventos e ações em todo estado, a presidência de Maurício Saito teve início em um conturbado contexto para o Brasil e para a agropecuária, em que o País iniciava a instabilidade política e econômica, agravada em Mato Grosso do Sul pelos conflitos fundiários, registrados em 2015,2016 e que seguem em 2017. Mesmo com todas as dificuldades, o planejamento estratégico de investimentos em comunicação com o setor e a sociedade foi mantido. “Em meio a um cenário econômico tão imprevisível, o homem do campo mostra, ano após ano, sua força e importância e é o que nos motiva a fazer o melhor, enquanto diretoria.”

Assim, as parcerias com a comunidade científica foram potencializadas contribuindo substancialmente para que a agropecuária possa se desenvolver de forma sustentável. “Mato Grosso do Sul é um estado privilegiado por ter três unidades da Embrapa, uma em cada bioma: Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande; Embrapa Pantanal, instalada em Corumbá; e a Embrapa Agropecuária Oeste, localizada no município de Dourados. Além disso, ainda temos duas fundações de pesquisa, Fundação MS e Fundação Chapadão, e as Universidades. A partir de intenso trabalho realizado com essas instituições, nos últimos 40 anos, o produtor rural sul-mato-grossense tem tido a oportunidade de adotar tecnologias em áreas antropizadas, o que nos torna referência nacional em produção e produtividade”, afirma Saito.

Um dos exemplos de parceria que marcam a história da instituição é a realização da Dinapec (Dinâmica Agropecuária), viabilizada por meio da cooperação entre Famasul e Embrapa; o II Simpósio Internacional sobre Gases de Efeito Estufa (SIGEE), em 2016; e a construção e viabilização do Centro de Excelência de Bovinocultura de Corte, em 2017.

O programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Senar/MS, é outro destaque da atual gestão, tendo atendido nos últimos dois anos 2.530 propriedades rurais de Mato Grosso do Sul nas vertentes do ABC Cerrado, Hortifruti Legal, Mais Floresta, Mais Inovação, Mais Leite e Piscicultura. Foram mais de 150 mil horas de consultorias e eventos que receberam a participação de, pelo menos, 4 mil pessoas. Dentre os resultados da intensificação dos trabalhos com o ATeG, está a comercialização de R$ 6 milhões em hortifrútis e R$ 44 milhões em litros de leite em um período de grande instabilidade econômica no País. Com o programa Mais Floresta, as ações potencializaram o cultivo florestal consolidando uma área de 790 hectares de florestas plantadas, resultando na inovação de 46.122 hectares de áreas degradadas, desde que o programa foi implantado. Foram, ainda, comercializados R$4,7 milhões em pescados.

Uma iniciativa que em 2017 apresentou crescimento exponencial foi o Programa de Gestão Econômica, Social e Ambiental da Soja Brasileira, o Soja Plus. As propriedades atendidas foram ampliadas em 117% após o investimento de recursos do Governo do Estado e a estimativa é que o programa chegue a 500 propriedades beneficiadas até o fim do ano. Um dos convênios que garantiu a continuidade do programa foi o firmado com o Fundo para o Desenvolvimento das Culturas do Milho e da Soja – Fundems.

A modernização de processos também é uma prioridade de Saito, que ofereceu aos colaboradores do Sistema Famasul cursos de educação continuada (pós- graduação e MBA), qualificação e capacitação, tendo 100% dos funcionários recebido instruções sobre ferramentas de gestão, planejamento e projetos. Implantou, ainda, o Comitê de Gestão de Pessoas. “Modernizar processos é profissionalizar a comunicação da produção rural, promovendo a inovação tecnológica, reduzindo custos e aumentando a produtividade com sustentabilidade”, dizSaito.

Os sindicatos rurais também recebem atenção especial na área de tecnologia e informação da atual diretoria que, por meio do Programa Sindicato Forte, desenvolveu e disponibilizou gratuitamente uma ferramenta para aprimorar o planejamento de ações. No programa, os sindicatos participam da “Capacitação de Ferramentas de Gestão Sindical” e, posteriormente, adquirem a instalação da ferramenta no sistema de informática na sede do sindicato. A iniciativa facilita o fluxo de informações dos sindicatos rurais, permite o acompanhamento mais efetivo dos controles contábeis e promove agilidade e segurança dos processos.

O investimento do Sistema Famasul em educação é evidente na gestão de Maurício Saito. Nos dois anos de atuação, foram registrados mais de 60 mil participantes nos cursos de Formação Profissional Rural (FPR) e 22 mil nos de Promoção Social (PS), totalizando mais de 170 mil horas/aula. Somente em 2017, o Senar/MS aumentou em 40% a quantidade de cursos oferecidos à população, se comparado a 2016. O destaque foi a abertura de 50 novos cursos que proporcionou a modernização na carteia de qualificações, com ofertas de capacitações como agricultura urbana e mecanizações, agrícola e florestal. “Com o aumento da tecnificação da indústria mecânica e a busca pela otimização dos recursos humanos e físicos na produção de bens e insumos, a qualificação dos trabalhadores é um dos diferenciais no índice de produtividade do campo”, enfatiza o presidente.

Atentos à expressiva população jovem registrada em Mato Grosso do Sul e à necessidade de contribuir com a formação das futuras gerações, o Sistema Famasul implementou, em 2017, um programa que promove a formação técnica profissional em ocupações relacionadas ao meio rural, especificamente a jovens e adolescentes. O Jovem Aprendiz Rural (SEJA), do SENAR, oferece o estudo nas áreas teóricas, práticas, além de vivências profissionais para o ingresso no mercado de trabalho voltado à agropecuária.

 

As primeiras turmas aconteceram em Dourados e Caarapó, em parceria com os sindicatos rurais. “Mato Grosso do Sul tem, conforme dados do IBGE, mais de 800 mil habitantes com menos de 20 anos, o que representa 34,2% da população do estado. Nos sentimos responsáveis por essa grande força de trabalho jovem prestes a adentrar no mercado e, por isso, lançamos a capacitação com a proposta de auxiliar a juventude a consolidar o seu processo de desenvolvimento profissional e alcançar uma boa ocupação no cenário econômico estadual nos próximos anos”, explica Saito.

Com o púbico adulto, os investimentos em educação são conferidos no curso de Técnico em Agronegócio que, em 2017, formou as primeiras turmas dos polos de Inocência, Campo Grande, Coxim, Dourados e Maracaju. O curso é uma qualificação profissional de nível médio do Senar/MS, realizada pelo Sistema Famasul, implantada em 2015 em Mato Grosso do Sul, e estruturada na modalidade semipresencial, com 80% das aulas oferecidas no ambiente virtual e 20% em encontros presenciais.

Com o objetivo de formar técnicos em gestão agropecuária, habilitados para atuar em diferentes segmentos e cadeias produtivas, a turma pioneira, composta por 48 alunos, recebeu o diploma em junho de 2017, em uma cerimônia repleta de emoção e homenagens no auditório da Casa Rural. Pelo alto nível de qualidade do curso, os formandos tiveram direito à carteira profissional do Crea/MS – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul.

‘“Educação não muda o mundo, muda as pessoas e as pessoas mudam o mundo’. Gosto muito dessa frase famosa, de Paulo Freire, pois essa transformação nós vemos nos programas e cursos oferecidos pelo Sistema Famasul.”

Certamente, nenhum outro programa do Sistema Famasul expressa melhor a atenção da diretoria com a educação, como o Agrinho, o maior programa de Responsabilidade Social do Senar/MS e Famasul. Nos dois primeiros anos de gestão de Saito, o Agrinho cresceu 100% em número de participantes, passando de 60 mil alunos, em 2015, para 120 mil, em 2016, e alcançando 185 mil estudantes no ano de 2017.

Conforme o presidente, o trabalho em conjunto com as secretarias municipal e estadual de educação tem garantido que o Agrinho leve às escolas, com material didático próprio, temas transversais propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) estabelecidos pelo Ministério da Educação. “Não há transformação sem conhecimento e é por isso que o Sistema Famasul acredita no Agrinho e avança, a cada ano, com essas parcerias valiosas com os sindicatos rurais, municípios e Governo do Estado de MS. Em cada trabalho escolar que recebemos temos a felicidade de ver alunos e a comunidade escolar envolvidos em assuntos tão importantes como o desenvolvimento sustentável, a ética, cidadania, saúde, alimentação e preservação ambiental”, comenta Maurício.

A potência da agropecuária no estado, conforme Saito, não deve ser compreendida apenas na esfera econômica. Para a diretoria, é importante que a responsabilidade social acompanhe a passos largos o crescimento institucional. A partir dessa diretriz, a gestão implantou o Programa Saúde do Homem e da Mulher Rural com o propósito de levar orientações, consultas e exames preventivos do câncer de próstata e de útero para produtores e trabalhadores rurais. Conduzido pelo Senar/MS, o programa atendeu em menos de um ano 2.353 mulheres e 2.472 homens, chegando à marca de mais de 10 mil procedimentos.

Com inicio em abril de 2016, o CNA Jovem foi uma das primeiras ações a fomentar essa proposta. O programa reuniu uma turma de 26 jovens, com idade entre 22 e 30 anos, de vários municípios de Mato Grosso do Sul, que foram selecionados por estarem integrados, de algum modo, ao meio rural. Após encontros e avaliações, entre abril e junho, três candidatos foram para a etapa nacional, em Brasília: Stephanie Ferreira, José Assis e José Pádua. Na seleção nacional, Stephanie e José figuraram entre os 10 finalistas.

Após o encerramento do programa, a Famasul deu continuidade à iniciativa implantando a Comissão Famasul Jovem, formada pelos egressos da turma inicial e regional do CNA Jovem. O grupo dedíca-se ao trabalho da mobilização com jovens lideranças, como a realização do “Encontro Jovens da Agropecuária”, que reuniu 100 pessoas em janeiro (2017) na cidade Maracaju, durante a Showtec; mais de 500 participantes, em Dourados, no mês de maio, na programação da Expoagro; e mais de 400 jovens no município de Três Lagoas, também em maio, durante a Expotrês.

 

Com foco na formação de novas lideranças para o setor da agropecuária, a diretoria iniciou em setembro de 2017 o Líder MS – Curso de Especialização em Liderança Empreendedora, que compõe a Academia de Empreendedorismo Rural de Mato Grosso do Sul (AERMS) e é realizado pelo Senar/MS e Famasul. São 40 alunos de diferentes regiões do estado, com perfil empreendedor e que atuam, de forma estratégica, no setor produtivo. Maurício Saito foi aluno da primeira edição do programa, realizada na diretoria de Léo Brito.

Na gestão atual, o Sistema Famasul participa de mais de 130 Conselhos, Comitês, Comissões Estaduais e Nacionais, Câmaras Setoriais, Fóruns e Grupos de Trabalho e de Gestor de MS. Participa, ainda, da organização de palestras sobre o Novo Código Florestal e o CAR, coordena programas especiais, é responsável pelo apoio técnico e organização de ações, campanhas, painéis e reuniões dos mais diferentes assuntos do setor, orientando e atendendo os produtores por meio dos Sindicatos Rurais e acompanhando os parceiros [públicos e privados).

A multiplicidade de públicos com os quais o Sistema Famasul dialoga e as ferramentas comunicacionais que surgiram nos últimos anos levaram a federação a aprimorar seus canais de comunicação e criar novos ambientes para garantir a maior troca de informação e conhecimento, bem como o fortalecimento da imagem do agro.

Associados, parceiros, educadores, mobilizadores, imprensa, órgãos públicos e os cidadãos em geral precisavam ser atendidos de maneira mais rápida e dinâmica, seguindo as tendências de uma sociedade globalizada e conectada. Desse modo, foi elaborado um planejamento estratégico a fim de definir as interfaces mais adequadas para cada público, divulgando a seriedade, compromisso, missão e os valores de entidade.

Conforme Maurício Saito, o grande desafio das instituições, assim como o da federação, é o de saber comunicar com precisão. “Além da comunicação com os diversos atores da sociedade e a imprensa, é também essencial informar adequadamente o público interno”. Saito destacou que é necessário “romper os estigmas relacionados à atividade rural por meio do compartilhamento de conhecimento e da transparência, evitando as distorções e informações equivocadas sobre o setor”.

Para os produtores e sindicatos rurais a entidade lançou o “Informativo Sistema Famasul”, em 2016, publicado mensalmente nas versões impressa, com tiragem de 5 mil exemplares, e digital. O periódico tem a finalidade de dar visibilidade às ações institucionais, tornando cada vez mais disseminadas atividades, como cursos, programas, participação em eventos e feiras agropecuárias.

 

Nas redes sociais, os espaços já existentes, como Facebook, Twiitter e YouTube foram potencializados, e a atual diretoria inaugurou páginas no Instagram e Linkedin que possibilitam maior transparência, interatividade e rapidez na divulgação de notícias. Com a presença expressiva e engajada dos novos canais, houve também um maior conhecimento do cidadão sobre o universo agropecuário.

Embora os últimos anos tenham sido de instabilidade política e econômica no Brasil, a gestão conduzida por Maurício Saito tem trabalhado em busca da conciliação e da união dos produtores rurais. De forma criativa, os programas e projetos evidenciam o perfil empreendedor da diretoria, que tem enfrentado as dificuldades com seriedade e buscado alavancar conquistas para que se tornem o alicerce para os próximos anos.

Ao comentar sobre celebração emblemática dos 40 anos da Famasul, Maurício Saito destaca que só chegou à presidência da federação graças ao trabalho de todos que o antecederam. “Não há ideia errada, existem desafios de momento, alternativas de resposta, e é por isso que eu louvo a cada um dos presidentes desta federação. Para que eu pudesse estar aqui, todos os outros enfrentaram desafios à sua época, e com sucesso.”

Para celebrar as quatro décadas de história, a diretoria coordenou uma semana comemorativa composta pelo “Prêmio Sistema Famasul de Jornalismo – 2017”, que não era aberto desde 2012. Retomado, o prêmio teve adesão acima do esperado pela Imprensa sul-mato-grossense, com mais de 80 inscrições. As matérias elaboradas para a premiação abordaram assuntos como tecnologia no campo, crescimento produtivo, pesquisa científica, qualificação de mão de obra e representatividade rural.

 

O “Bosque Famasul 40 anos” foi outra iniciativa histórica. Com orientação da equipe técnica do Senar/MS, os colaboradores da federação plantaram 80 mudas de Ipê e outras árvores nativas do cerrado em um dos cenários mais representativos do cenário de Campo Grande: o Parque das Nações Indígenas. A ação aconteceu no dia 21 de setembro de 2017, Dia da Árvore. Criado para se tornar um espaço de lazer e aprendizado ambiental, o espaço tem uma área de 4 mil metros quadrados e integra de forma harmoniosa a natureza e o espaço urbano.

O livro “Celeiro de Fartura” foi lançado na festa dos 40 anos, realizada no dia 26 de outubro de 2017, com homenagens e a presença dos representantes dos sindicatos rurais, autoridades, ex-presidentes, colaboradores, associados e parceiros. Sobre produzir uma obra para registrar os momentos mais importantes que a Famasul enfrentou ao longo dos seus 40 anos de caminhada, Maurício Saito ressalta que “um livro nada mais é que um reconhecimento através da materialidade, pois tudo aquilo que se escreve, perdura. Este livro é uma forma dessa diretoria agradecera todas as outras diretorias, que possibilitaram que a entidade tenha o significado que tem hoje, cada uma com o seu desafio, com as respostas da sua época. Sem dúvida, todas foram e são extremamente importantes para a história da federação e do estado.’’

 

Sobre a expectativa das próximas quatro décadas, da Famasul e do estado, Saito finaliza dizendo que “tenho a convicção de que serão marcados por êxito e superação, assim como tem sido a história do homem e da mulher do campo de Mato Grosso do Sul3 ao longo dos anos.”

 

União, fortalecimento das instituições, incentivo à ciência e educação são premissas da segunda gestão de Mauricio Saito, marcada por grandes desafios no setor

“Durante a pandemia, o setor agropecuário não parou em momento algum de alimentar as famílias do planeta”.

 

Com avanços expressivos já conquistados em todos os setores da agricultura e pecuária de Mato Grosso do Sul, Mauricio Saito foi reeleito para permanecer à frente da presidência da Federação por mais um triênio: 2018-2021. A nova diretoria, composta pelo vice-presidente Luis Alberto Moraes Novaes, pelo diretor-secretário Frederico Stella e pelo diretor-tesoureiro Marcelo Bertoni, foi empossada no dia 17 de agosto de 2018 – ocasião em que reuniu mais de 600 líderes e representantes de diversos segmentos da Sociedade Civil Organizada.

Contudo, nem sob a mais negativa projeção de um cenário futuro de retração econômica, a nova diretoria poderia vislumbrar um acontecimento que desestruturou e desarticulou não só o planejamento estratégico de continuidade do trabalho da Famasul/Senar MS, bem como de todas as demais atividades econômicas existentes no planeta: o surgimento da pandemia da Covid-19, logo no ano seguinte.

Ao assumir a gestão, a diretoria de Mauricio Saito, ainda assim, propôs, intuitivamente, o estreitamento dos laços de união, representatividade e coletividade entre os setores da cadeia produtiva do agronegócio, o que seria de fundamental importância em meio às restrições impostas ao final de 2019, decorrentes da letalidade do vírus e do grande impacto que teve, não apenas no desenvolvimento econômico dos países, mas na própria interação entre os seres humanos.

Após arregimentar novas e efetivas tecnologias no campo, previamente, Mato Grosso do Sul se tornou o 3º estado com maior produtividade de carne bovina e o 5º maior exportador no Brasil; em soja em grãos, o 5º maior produtor e o 6º maior exportador; a produção de milho no estado foi a 4ª mais expressiva no país e a 3ª maior exportadora; o cluster florestal sul-mato-grossense foi o 2º maior em produtividade e exportação; a cana-de-açúcar configurou a 4ª maior produção brasileira e a 6ª exportadora nacional e logo em seguida, as de carne suína (7º maior produtor e 6º maior exportador) e carne de frango (8º em produção e 5º em exportação) que viriam a receber especial atenção nos anos seguintes.

 

 

Qualidade de vida no campo e o compromisso com a juventude

Entre os programas e projetos especiais do Sistema Famasul, o Saúde do Homem e da Mulher Rural chegou a 18,6 mil pessoas do campo com 45,6 mil procedimentos realizados, entre exames, testes, consultas e palestras. Em 2016, apenas 120 pessoas das áreas rurais do estado foram atendidas. O trabalho intenso de promoção à saúde prosseguiu e, em 2019, 5,7 mil pessoas receberam atendimento naquele ano. De 571 procedimentos médicos realizados em 2016 em apenas um município, o número saltou para 13,4 mil intervenções em 2019, agora com abrangência em 29 municípios do estado.

O programa Sorrindo no Campo, até 2021 denominado Pingo Dágua, também fez a diferença na vida das pessoas que habitam nas áreas rurais do estado. Em 2019, foram contabilizados 42 mil atendimentos odontológicos realizados e 206 mil procedimentos, entre aplicação de flúor, restaurações e limpezas dentárias, melhorando significativamente a qualidade de vida dessas pessoas que tanto necessitavam da melhoria na saúde bucal.

Como um dos maiores expoentes dos programas socioeducacionais da instituição, em 2019, o Agrinho, maior iniciativa de responsabilidade social da Famasul/Senar MS que visa a integração de crianças e jovens às pautas de sustentabilidade e a descoberta do agro para promoção da cidadania e ética ainda na fase escolar, atingiu a marca histórica de 716,3 mil alunos atendidos e 44 mil professores participantes em Mato Grosso do Sul.

Em 2015, apenas 20 municípios integravam o projeto. O número saltou para 72 municípios atendidos no estado, corroborando o compromisso do Sistema Famasul em educar as novas gerações para a conscientização da importância do setor. Em 2015, pouco mais de 60 mil alunos participaram da ação social. Em contrapartida, 160 mil crianças de jovens integraram o projeto em 2019. A mobilização nas escolas cresceu de 135 unidades em 2015 para 472 escolas, quatro anos depois. Milhares de crianças e jovens de Mato Grosso do Sul participaram efetivamente do programa para que, em um futuro próximo, haja a atuação de adultos comprometidos com a promoção da sustentabilidade, maior conexão com a terra e valorização das raízes culturais e ambientais do estado.

 

Formação técnica para a excelência no campo

Os programas de Formação Profissional Rural foram fortemente impactados pela Covid-19. Em uma escala ascendente de crescimento exponencial desde 2015, a oferta de cursos caiu drasticamente de 3.516 em 2018 e 3.384 (início da pandemia) para 1.674 em 2020 e 1.452 em 2021, menos da metade do que constava no planejamento do Senar MS para o período.

Os eventos de Promoção Social (PS) também tiveram forte retração: em 2018, houve 1.202 cursos realizados. Em 2019, o trabalho começou a sofrer interferências da pandemia, com 831 cursos oferecidos e, logo em seguida, a queda em 2020 (351 cursos) e 2021 (365 cursos). Os cursos planejados para o período eram de 827 para cada ano. Ainda assim, a gestão de Mauricio Saito consolidou 10 polos de formação técnica em Aparecida do Taboado, Campo Grande (Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte e Sindicato Rural), Corumbá, Coxim, Dourados, Ivinhema, Maracaju, Três Lagoas e Sidrolândia.

Com a primeira aula inaugural em 20 de agosto de 2019, o Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte em Campo Grande é uma das pedras fundamentais de ensino para promover a excelência no campo, sob a responsabilidade de Lucas Galvan na superintendência do Senar MS. O Curso Técnico em Agropecuária contou com 322 pessoas matriculadas em 2020, e ofereceu aulas ministradas também a campo. A estrutura tornou-se modelo para demais instituições, como a Famato, cujo presidente, Normando Corral, esteve presente à época nas instalações a fim de implementar o projeto também no Estado de Mato Grosso.

 

 

Produção e atendimento em meio aos desafios do isolamento social

Mato Grosso do Sul apresentava seis cadeias produtivas em 2015: bovinocultura de corte, bovinocultura de leite, floresta plantada, olericultura, fruticultura e piscicultura. Já em 2021, o número dobrou para 12 cadeias de produção, com o acréscimo da apicultura, avicultura, suinocultura, ovinocultura, grãos e a agroindústria. Sendo assim, a responsabilidade da instituição, por meio do Senar MS, em oferecer Assistência Técnica e Gerencial foi ampliada, com 46 propriedades assistidas no setor da agroindústria, a identificação de 215 nascentes para proteção e mais 104 propriedades assistidas na modalidade FIP Paisagens, com vistas à produtividade, em consonância com a sustentabilidade local e recuperação de áreas degradadas.

Em 2020, 202 técnicos de campo realizaram atendimentos em 98,7% dos municípios de Mato Grosso do Sul. Presente em 100% dos Sindicatos Rurais do estado, a Famasul e o Senar MS atendeu 4.519 produtores no mesmo ano, configurando um salto de 248% quando comparado ao ano de 2015, que foi de 1.299 atendimentos. Diante da pandemia do novo coronavírus, foi necessária a inovação para o prosseguimento do trabalho de ATeG.

Por força do isolamento social, o setor de comunicação da Famasul e do Senar teve a missão de atuar no fortalecimento e disseminação das mídias sociais institucionais. No total, foram 18 lives realizadas pela plataforma YouTube, com 12,6 mil visualizações dos conteúdos especialmente produzidos nesse formato. Antes da pandemia, o canal possuía 700 inscritos, que passaram para 2.140 inscrições. Temas diversos das cadeias produtivas, bem como ensino à distância, reforma tributária e MS Agro configuraram 3,6 mil horas de exibição pública.

Outra inovação foi a viabilização da plataforma EAD – Senar Mato Grosso do Sul, que auxiliou os participantes na capacitação e disseminação dos conteúdos, ao proporcionar maior flexibilização dos estudos a fim de capacitar e impulsionar o agronegócio sul-mato-grossense.

 

Representatividade

Na gestão de Mauricio Saito, a Famasul esteve presente em 69 Sindicatos Rurais de Mato Grosso do Sul, junto a 19.058 produtores rurais e em 40.799 propriedades rurais do estado. O trabalho estratégico também foi desenvolvido junto aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no âmbito do governo estadual e federal, para o fortalecimento e ampliação da representatividade do setor.

A Famasul participou da Agenda Legislativa da Frente Parlamentar Estadual de Defesa do Agronegócio e do Cooperativismo, ao lado do Sistema OCB/MS e Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, na produção de dados e estatísticas que integraram documentos comprobatórios sobre a Contribuição do Agro para o Desenvolvimento Socioeconômico de Mato Grosso do Sul e na elaboração de pautas importantes junto à Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para os presidenciáveis, durante as Eleições de 2018.

Em 2015, a Federação esteve presente em 26 colegiados (em corpos consultivos e/ou deliberativos) para a discussão de políticas públicas que atuam como canais de discussão e fiscalização nos setores da agropecuária, pecuária, agricultura e em transversais, tais como ciência e tecnologia, meio ambiente, questões fundiárias, em universidades e saúde pública. Em 2021, a Famasul ampliou a sua presença para 160 colegiados, número este que certifica o movimento de ocupação por mais espaços de representação em diversos segmentos da Sociedade Civil Organizada.

Junto às instituições, a Famasul fortaleceu seu compromisso institucional junto à Aprosoja MS (Associação dos Produtores de Soja  e Milho de MS), Sulcanas (Associação dos Fornecedores de Cana Sul-Mato-Grossense), Avimasul (Associação de Avicultura de Mato Grosso do Sul), Asumas (Associação Sul-Mato-Grossense de Suinocultores), Reflore MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas), Novilho Precoce-MS, Ampasul (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores de Algodão), Acrissul, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Pantanal, Embrapa Agropecuária Oeste, Fundação MS, Fundação Chapadão, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, OAB/MS e Sistema OCB/MS.

Para a formação de novas lideranças, a terceira turma do Líder MS aconteceu entre 2017 e 2019, com 2 anos de formação e após rigoroso processo de seleção. “Nomes de peso no cenário da política estadual e nacional como Tereza Cristina e Eduardo Riedel fizeram essa formação. O objetivo é que esses representantes possam contribuir efetivamente para o setor, que não sejam apenas uma voz, mas um instrumento de mudança, de transformação”, complementou Mauricio Saito.

As questões fundiárias e a segurança jurídica também permaneceram como uma das pautas prioritárias de defesa da gestão. Outro posicionamento importante foi diante da oneração e impostos sobre o produtor rural, como ocorreu em 2019 em relação ao Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul) ocasião em que a Famasul se posicionou contrária ao aumento da alíquota, em defesa do setor responsável por cerca de 30% do PIB (Produto Interno Bruto).

Outrossim, a gestão de Mauricio Saito precisou realizar uma profunda reestruturação institucional diante do fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, após a decisão do Supremo Tribunal Federal, divulgada no dia 29 de junho de 2018, que declarou a sua constitucionalidade. Já em meio à pandemia, em março de 2020, a Medida Provisória 932/20 deu provimento ao corte de 50% das contribuições ao Sistema S, durante três meses. O governo federal alegou, à época, que a MP visava atenuar os impactos da pandemia na economia, porém, teve consequências imediatas na promoção das atividades, nas ações e capacitações oferecidas pela Famasul/Senar MS no estado.

 

 

Pandemia e segurança alimentar

Historicamente, o Brasil foi forçado a lidar com restrições sanitárias minimamente semelhantes há 100 anos, quando as autoridades à época realizaram uma série de recomendações para impedir a disseminação da gripe espanhola que acometeu o país em 1918. O vírus havia ceifado a vida de milhares de pessoas na Europa, nos Estados Unidos e obrigou o país a observar a importância do enfrentamento da má nutrição e a falta de saneamento básico no Brasil, que contava com um volume populacional de apenas 30 milhões de pessoas.

Um século depois, as lições deixadas para a contemporaneidade evoluíram em recursos e na disseminação das informações nos meios digitais, porém, evidenciou desafios inéditos diante do novo coronavírus. A população brasileira saltou para mais de 210 milhões de pessoas, o que inspirou cuidados referentes à segurança alimentar e a importância da valorização do produtor rural como peça-chave da engrenagem social que sustenta e mantém a vida no planeta.

“Com o surgimento da Covid-19 ocorreu um impacto total. Não podíamos mais atender presencialmente. Após o susto daquele primeiro momento, veio o período de conhecimento, de entendimento do que poderia ser feito. O retorno das atividades foi acontecendo gradualmente. Entretanto, o agro não parou em momento algum e continuou a fazer o seu papel – o de alimentar as famílias do planeta”, pontuou Mauricio Saito.

Frente à imposição do lockdown, em que os órgãos de controle sanitário dirimiram as interações sociais por força de instrumentos legais, segundo a visão de Mauricio Saito, o trabalho institucional da Federação foi bastante prejudicado, todavia, os setores da cadeia produtiva permaneceram sobremaneira na ativa. “As pessoas não possuíam a dimensão do quão grave foi a pandemia, já que iam ao supermercado e os alimentos estavam à disposição. Houve uma explosão do formato delivery de entrega de refeições nas residências. Quantas e quantas situações ocorreram nesse ínterim, mas a comida estava lá, quer fosse na gôndola ou na motocicleta do motoentregador. Isso é uma clara demonstração da potência do agro, já que não houve racionamento de alimentos”, relembrou.

Mauricio Saito reforçou que a questão pandêmica também sinalizou algumas preocupações do setor alheias a ela, ao implementar mais investimentos em tecnologia no campo, com ênfase na sustentabilidade da produção. “A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) já sinalizou que o crescente aumento populacional vai demandar 60% a mais de alimentos em 2050. Dessa maneira, o Brasil e, em consequência, Mato Grosso do Sul, com sua expressiva representatividade na produção nacional, precisa observar pilares fundamentais, tais como clima e fertilidade do solo, investimentos na educação e o conhecimento, investimentos na ciência, a visão empreendedora do produtor rural, bem como as Políticas Públicas do Estado, favoráveis ao setor”.

Outro ponto crucial para Mauricio Saito é a consolidação de uma comunicação transparente e humanizada junto à sociedade. “O produtor rural é um conservacionista, já que cuida da terra para que esta possa produzir adequadamente. O reconhecimento e o apoio da sociedade ao setor são fundamentais, já que o que se observa publicamente é apenas o lado econômico, os números. Mas o campo é feito por pessoas que demandam qualificação profissional. E por isso, o setor também precisa aprender a se comunicar”, ressaltou.

Segundo pesquisa da CEPEA/USP, em parceria com a CNA, IPEA, MAPA e MDIC, elaborada pela GV Agro, a projeção é de que o Brasil será responsável por 41% da produção de alimentos no mundo até 2026/2027, à frente de grandes potências econômicas mundiais, como China (15%), União Europeia (12%), Estados Unidos (10%), Canadá (9%), Austrália (9%) e Rússia (7%), colocando o jovem Estado de Mato Grosso do Sul como um dos protagonistas dessa responsabilidade social pela produção sustentável de alimentos.

Sob essa ótica e com quase a metade do planeta para alimentar a médio prazo, Mauricio Saito corrobora a importância da valorização, investimento e capacitação do produtor rural brasileiro neste cenário, uma vez que Mato Grosso do Sul segue na adesão aos sistemas sustentáveis de produção, com foco na produção de baixo carbono e na necessidade da conservação da água e do solo. “Eu acredito muito na nossa atividade produtiva, pela importância que ela tem para a humanidade, já que não é uma atividade dispensável. Não sei como será daqui a 45 anos, mas tenho certeza de que não conseguiremos sermos humanos sem comer”, constatou.

Segundo a sua visão, para que seja possível levar adiante a atividade com sustentabilidade, sem vislumbrar somente a questão ambiental, Mauricio Saito defende a consolidação da ciência no campo com apoio total do estado. “Por isso, o produtor rural deve estar bem embasado por tecnologias de produção, desenvolvidas por aqueles que, de fato, fazem a diferença para todos nós, que são os cientistas. Não há como imaginar um futuro sustentável sem a ciência. Aliado a isso, o país (o estado) deve reconhecer a importância do setor, independente de governos, para que haja a valorização desse trabalho que é realizado por uma atividade que já passa por inúmeros desafios, não somente os climáticos”, enfatizou.

Para Mauricio Saito, um tripé deve ser permanentemente sustentado para assegurar a continuidade das atividades do segmento. “O produtor rural com seu lado empreendedor, a ciência disponibilizando tecnologias de produção para a população e as instituições fortalecidas, incluindo a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul para que possamos levar adiante tudo o que é desenvolvido por esse setor, que engloba ciência, a academia e, por consequência, os jovens, em quem eu acredito demais. Precisamos investir muito nessa juventude que está vindo aí e que vai assumir o nosso lugar.”

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