Em encontro técnico do Senar/MS, especialistas confirmam potencial na produção de mel no estado
Em encontro técnico do Senar/MS, especialistas confirmam potencial na produção de mel no estado
Apicultores, técnicos e acadêmicos se reuniram nesta sexta-feira (23), na 2ª edição do Encontro Técnico de Apicultura do Senar/MS. O evento organizado pela Assistência Técnica e Gerencial da instituição, leva informações para quem pretende entrar ou ampliar a produtividade. Caravanas dos municípios de Aquidauana, Jardim, Angélica, Fátima do Sul, Três Lagoas e Nioaque, participaram da agenda, que aconteceu na sede do Sistema Famasul, em Campo Grande.
Na abertura do encontro, o coordenador do programa de ATeG (Assistência Técnica e Gerencial) em Apicultura, André Luiz Nunes, falou da linha de ação institucional e mostrou dados que confirmam a eficiência da cadeia. “O evento evidencia a cadeia produtiva da apicultura, dando visibilidade para as características favoráveis que temos para produção em Mato Grosso do Sul”, afirmou.
Segundo o coordenador, de 2012 a 2017, a produção no estado expandiu 40%. “E temos somente 105 propriedades cadastradas nos atendimentos no estado. O Senar/MS tem trabalhado para agregar ainda mais valor ao mel, profissionalizando os envolvidos na atividade e trazendo respostas ainda melhores”, explicou.
A experiência apícola no exterior foi apresentada pelo palestrante André Halak, engenheiro agrônomo especialista em manejo de colônias, produção de rainhas e geleia real em Portugal. “Sobrevoando o estado, constatei o potencial para esta atividade. Atuo em uma região bastante castigada pelo clima e também onde o mel é muito valorizado. Acredito que, para fazer coisas maiores e crescer, é preciso credibilidade, compartilhamento e trabalhar em conjunto”, ressaltou.
Na cooperativa onde trabalha na Europa, Halak, que está há seis anos fora do país, comercializa 5 mil rainhas por ano e registra uma média de 13 quilos por colmeia. “Temos no Brasil, sem dúvida alguma, a melhor abelha do mundo, os produtores precisam somente selecionar e manejar corretamente”.
A auditora fiscal da Superintendência Federal da Agricultura, Juliana Fernandes, palestrou sobre o alcance da fiscalização dos produtos. "Hoje o Mapa trabalha com análise de risco. Quanto maior o risco, maior a fiscalização. Se a empresa for criteriosa, o Mapa faz a visita apenas uma vez ao ano. Se não, as visitas ocorrem com mais frequência", explica.
"O SisbPoA [Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal] veio como uma alternativa para os pequenos produtores que estão iniciando na atividade. Quem se cadastra no Serviço de Inspeção Frederal ou na Iagro deverá seguir as exigências daquele órgão específico", detalhou Elisangela Longo Vendruscolo, que também é auditora na SFA.
A coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Apícola, da Iagro, Noirce Lopes, e o secretário-executivo da Câmara Setorial Consultiva da Apicultura no estado, Orlando Serrou, também ministraram palestras no evento.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul - Ellen Albuquerque