Segunda oportunidade: internas da unidade prisional de Jateí aprendem Corte e Costura
Segunda oportunidade: internas da unidade prisional de Jateí aprendem Corte e Costura
Com objetivo de promover a inclusão social e oferecer alternativas para que a comunidade carcerária feminina do Estabelecimento Penal Luiz Pereira da Silva tenha uma opção de geração de renda e uma nova profissão, o Sindicato Rural de Jateí mobilizou, no mês de agosto, uma turma com 12 internas que participaram do curso de Corte e Costura, oferecido pelo Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
Na avaliação do presidente, José Pereira, a capacitação atendeu necessidades sociais e psicológicas das internas, estimulando o processo de ressocialização com a sociedade. “Foi uma oportunidade de contribuirmos com as participantes que demonstraram vontade de aprender um ofício, sem contar que serve como uma terapia para quem está na condição de encarceramento”, explica.
A diretora Solange Pereira da Silva é pedagoga, especialista em Administração Penitenciária e assumiu a gestão da unidade em março deste ano. Ela explica que iniciativas como a que foi oferecida pelo sindicato rural e o Senar/MS propiciam uma nova oportunidade de reinserção das alunas na sociedade. “Os cursos ajudam a melhorar a formação profissional das internas, já que a maior parte delas, depois de sair da prisão, enfrenta a falta de estudo e o preconceito”, observa.
Promoção Social – o instrutor responsável foi Luciano Ferreira da Fonseca que aplicou dois módulos previstos na capacitação: Modelagem e Confecção, totalizando 80 horas/aula. Ferreira destaca que atender esta turma foi uma experiência gratificante, enquanto profissional. “Me deparei com uma turma animada e com muita vontade de aprender e isso nos estimula bastante enquanto educadores. Elas demonstraram ser muito observadoras e a força de vontade resultou em trabalhos muito bem acabados”, argumenta.
Uma das alunas é L. R. L., 39 anos, que destaca a satisfação de ter participado e concluído a capacitação. “Antes de vir para cá eu era comerciante e estou animada com a possibilidade de recomeçar minha trajetória com uma profissão. Gostei muito do curso, pois, é fundamental termos nosso tempo preenchido com atividades que possam nos ajudar a ter um recomeço digno e que nos mantenham a fé em novas conquistas”, ressalta.
A reeducanda R. M. G., 48 anos, já trabalhou como educadora e reforça a importância da qualificação para as internas da unidade: “O curso nos trouxe novos horizontes para o futuro; nos mostra que podemos construir novos planos em relação à nossa vida social e profissional, melhorando nossa qualidade de vida em todos os aspectos”, argumenta.