Sindicato rural de Laguna Carapã mobiliza piscicultores para assistência do Senar/MS
Sindicato rural de Laguna Carapã mobiliza piscicultores para assistência do Senar/MS
A região sul de Mato Grosso do Sul detém atualmente 50% da produção de peixe confinados disponibilizada no mercado. Atento a necessidade de profissionalizar e estimular os produtores rurais, o sindicato rural de Laguna Carapã e o Senar/MS – Serviço Nacional de aprendizagem rural mobilizaram um encontro para esclarecer os interessados sobre o programa ATeG Piscicultura que seleciona e oferece o serviço de assistência técnica e gerencial, com a finalidade de fomentar e tecnificar a produção de pescado.
Com 44 produtores atendidos em três municípios do Estado, o programa tem objetivo de ampliar o atendimento em 2016, priorizando as regiões com maior aptidão. É o caso de Laguna Carapã que já conta com um grupo de produtores em atividade e um mini frigorífico de peixes em funcionamento.
De acordo com o presidente do sindicato rural, João Firmino Neto, a mobilização promovida no início do mês reuniu cerca de 30 interessados em participar do ATeG Piscicultura. “Esse encontro aconteceu em um bom momento, pois, a prefeitura de Laguna está desenvolvendo um trabalho de estímulo a piscicultura, disponibilizando suporte técnico para formação de tanques escavados. A assistência técnica completará o apoio de que esses produtores necessitam para aumentar a produtividade e a rentabilidade”, explica.
Resultados comprovados – Thiago Macedo Santos é proprietário de uma área com nove tanques escavados no município de Dourados. Ele é um dos 12 produtores atendidos no ATeG Piscicultura e relata que o trabalho do Senar/MS está estimulando os produtores da região a acreditar na atividade. “Eu sempre estive envolvido com piscicultura, pois, meu pai também cria peixes. No entanto o apoio que temos com o programa comprovou que se trabalharmos unidos conseguiremos melhores preços na compra de alevinos e na venda da produção”, argumenta.
Santos lembra que um dos melhores exemplos de consumo para produção em cativeiro é a Festa do Peixe promovida anualmente em Dourados. “O evento já é tradicional na cidade e muitas famílias comparecem para comprar pescado fresco e de qualidade. Esse ano a feira foi realizada em abril e consegui vender 900 quilos de peixe em apenas um dia”, acrescenta o piscicultor.
O proprietário do mini frigorífico de peixes em Laguna Carapã, Erni Chassot, demonstra animação com o início da turma de piscicultura. Ele conta que montou o abatedouro para comercializar sua produção. Entretanto, em razão do crescimento nas vendas começou a comprar peixes dos vizinhos para atender a demanda local. “Acredito que muitos produtores conseguirão produzir mais e com qualidade e no prazo de um ano, conseguiremos absorver a produção aqui no frigorífico. Aqui na região todo mundo trabalha com tilápia, pois é o peixe de confinamento mais apreciado no mercado”, acrescentando que sua produção alcança 100 toneladas/ano.
O técnico de campo do ATeG Piscicultura, André Luiz Nunes, ficou responsável pelo atendimento aos produtores de Laguna Carapã e destaca quais os desafios enfrentados pelos piscicultores do Estado. “Para que a atividade tenha rentabilidade é preciso superar dois fatores fundamentais que são a limitação financeira e o manejo incorreto do pescado. E isso pode ser minimizado com orientação técnica, por isso estou animado com a turma de Laguna, que demonstra total interesse em se capacitar e melhorar o desempenho produtivo”, aponta o profissional.