Com o objetivo de alinhar a metodologia do Ater – Assistência Técnica e Extensão Rural  e aproveitando a realização da 3ª edição da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central, nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, acontecerá no dia 2 de setembro, em Campo Grande, uma reunião nacional com os superintendentes do Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, onde são esperados representantes das 27 regionais.

Os superintendentes participarão de visitas a duas propriedades atendidas pelos projetos de assistência técnica, ATER Mais Leite e Hortifruti Legal. Segundo o superintendente do Senar/MS, Rogério Beretta, a ideia é apresentar aos visitantes a realidade de produtores acompanhados há mais de um ano no programa. “Queremos mostrar exemplos de participantes que seguiram as orientações de nossa equipe e hoje comemoram a melhoria na produtividade e nos lucros. Porém, é preciso reforçar que esta transformação só foi possível devido à dedicação dos envolvidos”, avalia.

Um dos convidados é o superintendente de Goiás (Senar/AR – GO), Eurípedes Bassamurfo Costa, que durante o encontro detalhará o cenário de assistência técnica na região. “Uma pesquisa realizada em 2009 confirmou que existem mais de 80 mil produtores de bovinocultura de leite em nosso Estado, mas, 82% não recebiam assistência técnica continuada. Demos início então ao Programa Goiás Mais Leite e atualmente atendemos mil produtores”, esclarece.

Na avaliação de Costa, o encontro realizado em Campo Grande (MS) possibilitará o alinhamento das ações propostas e desenvolvidas pela administração Central do Senar. “Considero de suma importância para o Sistema Senar, pois trataremos de forma direta sobre as estratégias a serem direcionadas ao nosso público alvo, além de uniformizar as ações. Sendo assim, esta troca de experiências entre as Regionais nos agrega mais conhecimento para atuação, segundo a realidade de cada Estado”, acrescenta.

O representante da regional goiana revela que a instituição venceu um edital de chamamento público do Mapa – Ministério da Agricultura, através do Projeto de Assistência Técnica e Gerencial que prevê atendimento de 760 novos produtores de leite em 28 municípios do estado goiano. “Vamos ampliar o número de profissionais para realizar o trabalho de campo, oferecer uma consultoria continuada e subsidiada por dois anos. Pretendemos também ampliar posteriormente, para outras cadeias produtivas de Goiás”, acrescentou.

O superintendente do Senar/PB, Sérgio Martins, confirmou presença no encontro e considera que a pauta norteará futuras ações de assistência técnica das regionais que estão no estágio inicial de desenvolvimento. “A regional da Paraíba concluiu a programação do planejamento de trabalho incluindo as ações de ATER no Estado. Participando deste evento teremos a oportunidade de alinhar procedimentos administrativos, técnicos e jurídicos, contando com a experiência do Senar/MS que, em nosso entendimento, está no caminho certo”, opinou.

Saiba mais sobre o ATER – O programa Mais leite teve início em 2014 com 516 pequenos e médios produtores atendidos em 16 municípios do Estado. O objetivo foi incrementar a produção da cadeia leiteira sul-mato-grossense e orientar o público que carecia de recursos, para melhorar o nível de tecnificação e manejo do sistema produtivo.

De janeiro a julho deste ano, a equipe técnica do ATER já superou a meta do ano inteiro, registrando um aumento de quase 50% no número de produtores atendidos. Atualmente participam 744 famílias em 20 municípios de Mato Grosso do Sul.

O Senar/MS trabalha com cinco programas de Assistência Técnica, são eles: Mais Leite, Mais Floresta, Mais Inovação (recuperação de pastagens degradadas), Hortifruti Legal, ATER Piscicultura e Mamona. Na avaliação da gestora da Unidade de Projetos, Mariana Urt, o encontro entre as regionais do Senar será importante por favorecer a troca de experiências nas atividades rurais atendidas. “Atualmente 1.350 propriedades são atendidas em todo o Estado e já temos resultados que serão apresentados aos convidados. Nossa experiência mostra que o sistema integrado de gerenciamento e capacitações frequentes modificam positivamente a conduta e a dinâmica de trabalho dos produtores”, argumenta.