Colaboradores do Senar/MS se qualificam para atender portadores de deficiência
Colaboradores do Senar/MS se qualificam para atender portadores de deficiência
Em quase 20 anos de experiência, a instrutora do Senar/MS, Rosita das Graças Teixeira, acumula uma série de histórias e experiências vividas nos cursos ministrados em várias regiões de Mato Grosso do Sul. Uma das situações mais marcantes foi na região de Santa Rita do Pardo, quando uma turma de 15 alunos compreendia oito portadores de deficiência. A profissional, que também é bacharel em Serviço Social, se sentiu confiante para atender o grupo e passar o conteúdo porque tinha participado de capacitação da instituição para atender este público especial.
Rosita é uma das profissionais da educação rural que recebem novo treinamento na Capital, por meio do curso Apoena’, que em tupi-guarani significa ‘aquele que enxerga longe’. Proposta pelo Senar Central – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, a capacitação é oferecida há 10 anos para instrutores, mobilizadores e supervisores e tem o objetivo de promover a inclusão social e o atendimento aos portadores de deficiência que se matriculam nos cursos de Formação Profissional Rural e Promoção Social. “Já participei de outras edições deste curso e sempre me sinto satisfeita e segura para promover a inclusão de todos os participantes”, avalia.
Durante toda a semana passada, colaboradores várias regiões do Estado estiveram reunidos em duas turmas, no prédio anexo do Sebrae/MS, em Campo Grande, para participar do Apoena. A idealizadora do programa e assessora técnica da Administração Central (Departamento de Educação Profissional e Promoção Social) do Senar, Deimiluce Lopes Coaracy, comandou as atividades e destacou a importância de tratar temas como inclusão e acessibilidade na área rural. “Procuramos esclarecer os colaboradores sobre as particularidades do mundo inclusivo, demonstrando que todas as pessoas possuem algum tipo de limitação, mas isso não impossibilita que participem da diversidade de cursos oferecidos pelo Senar. O mais importante é dar suporte a um grupo que sempre enfrentou barreiras naturais na comunicação e locomoção”, acentuou.
Outro ponto reforçado pela especialista é que os cursos da instituição não visam a terapia ocupacional, mas oportunizam o conhecimento e as habilidades do participante. “Em uma sociedade inclusiva espera-se que todos os cidadãos tenham os mesmos direitos e oportunidades. Por isso, todos nossos alunos serão avaliados de acordo com o aprendizado adquirido, claro que observando o tempo e as limitações de cada um”, avaliou Deimiluce.
A mobilizadora do Sindicato Rural de Jardim (MS), Tiele Ferreira Valêncio, participou do treinamento com objetivo definido: estar preparada para trabalhar no Centro de Equoterapia (em fase de construção no município). “O sindicato desenvolverá um projeto se chama “Passo a Passo” para atender pessoas com necessidade de reabilitação motora. Por isso, nada mais natural que nos prepararmos para atender, evitando constrangimentos na abordagem”, analisou.
Apoena – “Apoena” ou “aquele que enxerga longe” foi o nome concedido ao curso por compreender os princípios democráticos de igualdade e respeito à dignidade, “enxergando” desse modo nas pessoas com deficiência muito mais do que sua limitação, mas sua capacidade, habilidade e competência.