Foi no embalo do Programa Agrinho, do Senar/MS, que Nicolle do Nascimento, de 15 anos, descobriu uma coragem que nem sabia ter. A estudante da Escola Estadual José Alves Quito, em Corguinho, transformou timidez em voz firme, roteiro em aprendizado e um simples trabalho escolar em conquista estadual. O podcast “Além da Lousa” nasceu de forma despretensiosa, mas abriu um portal para um novo mundo, o da comunicação, da confiança e da descoberta de talentos que o Senar/MS ajuda a cultivar em cada participante.

“O Agrinho fez muita diferença na minha vida, principalmente na minha confiança. Antes de participar com nosso podcast eu não fazia parte de nenhum grupo de mídia aqui da escola, hoje vejo que talvez possa ter um dom para isso, me despertou esse talento. O Agrinho é um portal para esse novo mundo”, resume a estudante.

Essa é a história do Transformando Vidas de hoje, confira:

Tudo começou com o incentivo da professora de ciências, Bárbarah, que já conhecia o Agrinho e sempre levava a proposta para a sala de aula. No sexto ano, Nicolle até tentou, mas não se sentiu confiante para participar. Foi só no oitavo ano, com o tema “Semeando Educação, Colhendo Cidadania”, que o destino resolveu dar uma segunda chance. O assunto já era pauta constante nas aulas da turma e bastou unir o que a escola fazia de melhor com o que o Agrinho propunha, falar de cidadania e protagonismo juvenil. Em uma sala improvisada, já que a escola estava em reforma, Nicolle, uma colega e um professor convidado gravaram o podcast com a simplicidade e a dedicação de quem faz tudo com o coração.

“Nós não sabíamos direito o que estávamos fazendo, mas gravamos. Sentamos de frente um para o outro e conversamos. Os erros fizeram parte, regravei bastante, isso foi legal também”, relembra Nicolle.

Nicolle escolheu falar de projeto social que já aocntecia na escola (Foto: Arquivo pessoal)

O resultado foi um terceiro lugar estadual recebido com aplausos e lágrimas de alegria. “Ela levou o nome da nossa escola e da nossa cidade para o pódio. É um orgulho ver o quanto o Agrinho transforma a postura dos alunos e incentiva o protagonismo deles. Passa a mensagem de que vale a pena se dedicar”, comenta a diretora, Niceia Gonçalves. Para ela, o programa vai muito além da disputa. “É uma semente que faz brotar autoestima, pertencimento ao campo, cooperação e vontade de aprender”.

Hoje, Nicolle segue firme nessa jornada. Agora, no nono ano, participa novamente do Agrinho, desta vez produzindo uma reportagem, e sonha em voltar ao palco da premiação. “Foi muito gratificante para mim e espero estar lá de novo, mas o que eu digo para os outros alunos é para não desistirem, se dedicarem porque no final tudo vale a pena”.

E assim, de um microfone improvisado em uma sala paroquial, nasceu uma comunicadora em formação. Com o incentivo certo e o apoio do Senar/MS, Nicolle provou que o Agrinho cruza os limites de um concurso, é um espaço onde talentos florescem, ideias ganham som e jovens descobrem o poder de transformar o próprio futuro. Um podcast de cada vez.

Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul - Michael Franco