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Como o agro fez Mato Grosso do Sul crescer e se tornar referência em sustentabilidade

48 anos de Mato Grosso do Sul!

Como o agro fez Mato Grosso do Sul crescer e se tornar referência em sustentabilidade

No aniversário de 48 anos, estado celebra trajetória de desenvolvimento e preservação impulsionada pelo agronegócio
11/10/2025 - 08:00

Quando Mato Grosso do Sul nasceu, em 1977, já havia uma certeza nos campos: a bovinocultura de corte era a espinha dorsal de sua economia. Um ano depois, o estado recém-criado ostentava 9,3 milhões de cabeças de gado, o quinto maior rebanho do país.
Mas a história do agro sul-mato-grossense nunca foi apenas sobre quantidade. Foi sobre transformar a paisagem, o modo de produzir e o próprio jeito de pensar o campo.

Ter a Embrapa Gado de Corte, antes mesmo da criação do estado, trouxe tecnologias inovadoras que começaram a revolucionar o Cerrado. Entre elas,a recuperação de pastagens, o desenvolvimento e validação genética de forrageiras tropicais, que protegem o solo e aumentam a produtividade. E com a inovação tecnológica, que veio não apenas na pecuária, mas também na agricultura, o agro não só cresceu em números, mas se tornou motor do desenvolvimento econômico do estado.

O agro que impulsionou o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul

O agronegócio é o principal motor da economia sul-mato-grossense. Entre 2002 e 2021, o PIB da agropecuária cresceu 768%, acompanhando de perto a evolução do PIB total do estado.
A produção agrícola também se expandiu rapidamente: hoje, a soja ocupa 4,5 milhões de hectares, o milho multiplicou sua produção em 65 vezes e a cadeia sucroenergética se consolidou como um pilar da economia.

Outro destaque é o setor de florestas plantadas e celulose, cuja história ganhou novo rumo após o Plano Estadual de Florestas, em 2008. A área de cultivo de eucalipto saltou de pouco mais de 300 mil para 1,7 milhão de hectares, impulsionando a instalação de três indústrias de papel e celulose — com mais uma em construção e outra em fase de licenciamento. Esse avanço colocou o setor florestal entre os líderes das exportações estaduais, rivalizando, e em alguns períodos superando, o complexo da soja.

A suinocultura e a avicultura também se firmaram como protagonistas no cenário nacional, com crescimento expressivo nas exportações. Entre 1997 e 2024, as exportações do agro saltaram de US$ 338 milhões para quase US$ 10 bilhões, um avanço de 2.505%. E esse crescimento andou junto com a preservação do meio ambiente — o agro sul-mato-grossense aprendeu desde cedo que produzir e conservar podem caminhar juntos.

Práticas sustentáveis consolidam Mato Grosso do Sul como exemplo no campo

Mato Grosso do Sul se tornou referência em práticas sustentáveis. No plantio direto, 99% das propriedades analisadas já adotam a técnica, que protege o solo ao semear sobre a palhada da safra anterior. A integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) ocupa mais de 3 milhões de hectares, combinando produção agrícola e pecuária com preservação ambiental.

A expansão da agropecuária fez com que produtor e natureza atuassem em conjunto: o estado mantém cerca de 35% do território com vegetação nativa dentro das propriedades rurais e 87% da cobertura do Pantanal preservada. A adoção dessas práticas garante produtividade, diversificação de renda e compromisso com o meio ambiente.

Agro do amanhã: o compromisso com uma economia de baixo carbono

Mato Grosso do Sul assumiu a meta de se tornar carbono neutro até 2030, e o agro é peça-chave nessa transição. Sistemas de produção de baixo carbono, recuperação de pastagens, florestas plantadas e tecnologias sustentáveis — como bioinsumos e fixação biológica de nitrogênio — reforçam esse compromisso.

O ESG dá visibilidade ao que o produtor rural já faz há décadas: proteger nascentes, conservar vegetação nativa, investir em capacitação e produzir com responsabilidade ambiental. O Sistema Famasul atua conectando essas práticas à linguagem exigida por mercados, políticas públicas e consumidores.

Criado em 2022, o Programa ATeG ESG levou o tema à rotina da assistência técnica, ajudando o produtor a compreender como sustentabilidade, gestão eficiente e compromisso social impactam diretamente na produtividade e na competitividade do agro sul-mato-grossense.

Rastreabilidade, descarbonização, uso racional da água e valorização das boas práticas agroambientais são hoje requisitos centrais para acessar mercados exigentes. O setor rural já aplica, na prática, muitos dos princípios do ESG — mesmo sem usar esse nome.

Com tecnologia, inovação e eficiência, o agro do MS mostra que produzir mais pode, sim, significar preservar melhor.

Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul - Pâmela Machado e Laura Toledo