Agrinho na prática: Alunos organizam mostra gastronômica e aprendem economia doméstica
Agrinho na prática: Alunos organizam mostra gastronômica e aprendem economia doméstica
O que muda em uma escola que recebe o Programa Agrinho? Encontramos a resposta lá em Jaraguari, na 2ª Mostra Gastronômica organizada pelos 300 alunos da Escola Municipal Francisco Antônio de Souza, que participam do programa de responsabilidade social desenvolvimento pelo Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. O evento permitiu que os estudantes conhecessem os derivados do leite e alimentos à base de milho, arroz e trigo, além dos conceitos de economia doméstica, com pratos preparados pelas crianças e seus pais.
O diretor da unidade de ensino da escola, Osvaldo Ferreira, acredita que o evento é uma extensão do que foi repassado em sala de aula. “Campo e cidade não vivem separados. E por isso é tão importante que a criança aprenda a importância de um para o outro e a origem deles. Aproveitamos ao máximo a metodologia oferecida pelo projeto e isso acrescenta muito ao aprendizado dos alunos”, esclarece.
Na língua portuguesa os alunos praticaram leitura e escrita, juntando palavras comuns da zona rural para formar pequenas frases e separando sílabas. Na matemática é possível medir ingredientes de receitas. Já na disciplina de história, os professores falam da origem de cada produto, como o milho, soja, arroz e trigo. E através da geografia, os estudantes aprendem aonde cada item é produzido.
A interdisciplinaridade e a mescla de assuntos ‘campo e cidade’ foram aprovados por quem entende do assunto. “Essa metodologia torna o conteúdo mais atraente. Eles gostam dessa interação e os pais sentem a diferença em casa, já que eles também contribuem com as atividades realizadas pela escola”, explica a professora do 2º ano, Maria Pedra de Oliveira.
O aluno do 4º ano, Júlio César, colocou as mãos na massa e aprendeu na prática como cada alimento pode ser preparado. “Eu trouxe bolo e alguns doces. Ajudei minha mãe a fazer receitas com farinha de trigo. Mas agora eu sei que o bolinho de chuva, a cueca virada, o rissoles, bolacha e pizza também podem ser feitos com esse ingrediente”, explica.
Para a mãe do Lucas, Maria Helena Menezes, o Agrinho é um sucesso e ajudou a unir a família. “Meu filho aceitou muito bem o programa. Durante as atividades externas ele interage melhor com os alunos e professores. Na sala de aula ele conhece cada um dos itens do agro. Aos finais de semana vamos em uma chácara da região colher cacau e cana e ele faz questão de ajudar. Ele está muito empolgado e acha tudo o máximo”. Lucas tem 20 anos e tem Síndrome de Down.