Colheita do milho avança em MS e derruba preço do grão em 24%
Colheita do milho avança em MS e derruba preço do grão em 24%
A colheita de milho em Mato Grosso do Sul está avançando e, com isso, o aumento na disponibilidade no mercado interno está ajudando a derrubar os preços do grão. O dado consta no último Informativo Casa Rural, elaborado pelo Departamento de Economia do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, divulgado nesta quarta-feira (22).
De acordo com as informações do Sistema Famasul, do início do mês até o dia 20 a cotação do milho caiu aproximadamente 24%, atingindo a casa dos R$ 36,56 a saca. Para o analista econômico da instituição, Luiz Gama, outra explicação para a redução é a variação cambial do período de junho. “Do começo do mês até esta semana, o dólar recuou 6,2%, atingindo R$ 3,39, considerando que o câmbio é uma das principais variáveis na formação do preço interno”.
De acordo com os dados da Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja de MS, até o momento, a colheita de milho no Estado avançou 6%, ou seja, alcançando 88,6 mil hectares do 1,74 milhão de hectares previstos para a atual temporada.
Apesar da queda em junho, o valor do milho contabiliza uma alta nominal de 145% em comparação a junho de 2015, período em que a commodity era vendida a R$ 17 a saca. Para Gama, essa alta também é explicada pelo dólar, entretanto no sentido inverso, considerando que a moeda americana hoje vale mais que no ano passado, trazendo competitividade ao produto no mercado internacional.
Com isso, em 2016 houve um forte crescimento nas exportações do setor. “Entre janeiro e maio deste ano, os embarques internacionais do setor atingiram 1,2 milhão de toneladas, contra 371 mil toneladas vendidas no mesmo período do ano passado, o que representa um crescimento de 229%”, salienta Gama.
O Informativo Casa Rural apresenta também os dados de soja que apontam para um recuo de 3,67% em relação ao início da semana, valendo atualmente R$ 83,75 a saca. Em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a oleaginosa era negociada a R$ 56, o crescimento verificado é de 52%. Veja o relatório na íntegra: http://zip.net/bjtnbk