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Com olhar ‘clínico’, inspetor de campo monitora ocorrência de pragas em lavouras de soja

Monitoramento Técnico

Com olhar ‘clínico’, inspetor de campo monitora ocorrência de pragas em lavouras de soja

Orientação para controle e prevenção e análise de riscos estão entre as responsabilidades deste profissional.
14/10/2020 - 08:15

Dificilmente a ocorrência de insetos ou fungos na lavoura de soja passa por um inspetor de campo. Conhecido também como “pragueiro”, é deste profissional a responsabilidade de monitorar a incidência de pragas na cultura e estabelecer um conjunto de medidas de controle para evitar prejuízos nas plantas. O curso gratuito que Senar/MS oferece nesta área é o assunto da editoria #EducaçãonoCampo desta quarta-feira (14).

“Cabe ao inspetor de campo observar se há registro de pragas e, se for o caso, avaliar o nível de ataque na lavoura, identificando o risco real das ocorrências. Ele também é capacitado para fazer recomendações, como a escolha do melhor momento para iniciar o controle e a metodologia adequada para evitar danos na produção e, consequentemente, nas finanças”, explica a instrutora do Senar/MS, Amanda Vinholi Barreto de Souza, especialista em manejo, fertilidade de solos e nutrição de plantas. 

Entre os assuntos abordados na capacitação está o Manejo Integrado de Pragas (MIP), que constitui um conjunto de medidas para diminuir o uso de defensivos agrícolas na produção convencional. “A ideia é promover o equilíbrio nas plantas e monitorar as pragas, otimizando o uso de produtos e evitar prejuízos com a produção”, acrescentou.
 
Para a eficácia do manejo, o inspetor utiliza uma planilha desenvolvida pela Embrapa, onde constam números de amostragens e as pragas registradas durante o monitoramento.
 
Principais pragas

Entre as pragas mais comuns nas lavouras de soja estão os percevejos, que acometem o estágio reprodutivo da planta, e as lagartas, que aparecem no estágio vegetativo e reprodutivo. 

“No caso do percevejo marrom ou Euschistus heros, o ataque ocorre nos ramos e hastes. O maior prejuízo acontece quando atacam as vagens em formação, no chamado ‘grão chocho’, que interfere na produtividade. Já o percevejo verde ou Nezara viridula age nos grãos e orifícios da planta. Ambos os insetos injetam toxinas com o aparelho bucal. Toda essa situação pode causar a depreciação do produto no ato da comercialização”, detalha. 
 
As conhecidas lagartas, que provocam desfolha e danos nas vagens, são mais comuns no estágio reprodutivo da planta.
 
Ficou interessado na capacitação? Acesse senarms.org.br e confira este e outros cursos voltados para sojicultura, ou procure pelo sindicato rural do seu município.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul - Ellen Albuquerque