Alinhar procedimentos de funcionamento do programa de ATER – Assistência Técnica e Gerencial. Foi com este objetivo que a comissão técnica formada por representantes do Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural esteve reunida na última terça-feira (28) em Campo Grande, na sede da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS. Participaram do encontro, representantes da Administração Central e das regionais de Mato Grosso do Sul e Bahia.

A finalidade do encontro foi alinhar e padronizar a metodologia utilizada no programa de Assistência Técnica, disponibilizado em todas regionais do Senar. A experiência de trabalho oferecida pelas duas regionais foi avaliada, visto que os dois Estados possuem um número significativo de produtores atendidos. Na Bahia, o programa funciona desde 2008 e atende atualmente 2,5 mil produtores, enquanto que aqui no Estado, em um ano de funcionamento 1.350 propriedades estão vinculadas ao ATER.

Na avaliação do coordenador nacional de Assistência Técnica e Gerencial do Senar, Matheus Ferreira Pinto da Silva, os resultados positivos alcançados nos dois Estados podem contribuir para uma melhor execução do programa. “No início do mês nos reunimos e convocamos duas regionais avançadas no trabalho de Assistência Técnica, para juntos reforçarmos o modelo nacional que possa ser implantado em outras unidades do Senar”, afirmou o representante da Administração Central do Senar, com sede em Brasília (DF).

Para o superintendente adjunto do Senar/BA, Humberto Miranda Oliveira, o diferencial da assistência técnica desenvolvida no programa  nacional está em aliar a orientação da atividade com cursos de FPR – Formação Profissional Rural. “Nossa regional tinha algumas diferenças de execução com relação a Mato Grosso do Sul. No entanto, esta comissão possibilitará o alinhamento de um modelo único e consistente, unindo a formação do técnico, produtor e trabalhador rural”, apontou.

Oliveira revela que o atendimento na Bahia com maior alcance é o Pró-Senar Leite, visto que 70% da assistência é voltada aos produtores de leite do estado. “Completamos sete anos de trabalho e comprovamos que, quando aliamos a assistência com a capacitação profissional, o resultado é muito mais rápido e abrangente. É preciso mostrar aos participantes que precisam enxergar sua propriedade como um negócio rural e que não estamos levando milagre e sim suporte profissional”, destacou.

A coordenadora de programas do ATER no Senar/MS, Mariana Urt, detalhou as técnicas operacionais de controle e gestão do programa no Estado. “Iniciamos as atividades em 2014 e neste período já atendemos 1.350 propriedades rurais distribuídas nos cincos programas: Leite, Corte, Floresta, Piscicultura e Hortifruti. Acredito que o diferencial do nosso programa é ter criado um sistema integrado de gerenciamento que envolve desde o atendimento técnico até a prestação de contas”, argumenta a médica veterinária. “Outro ponto forte do trabalho é desenvolver as ações em consonância com a equipe educacional, para sempre oferecer capacitações direcionadas as necessidades de cada região”, concluiu.

O superintendente regional do Senar, Rogério Beretta, acredita que a unificação da metodologia de ATER oferecerá ferramentas adequadas e que contribuirão com o objetivo da Administração Central. “A meta do Senar é de que o programa seja alinhado e aplicado em todas as regionais brasileiras. Por isso, nos reunimos para contribuir com experiências locais das regiões Nordeste e Centro-Oeste e ajustarmos o que fosse necessário, a fim de que todos tenham o mesmo padrão de qualidade e atendimento no ATER”, considerou.