Função social e ecológica do paisagismo inclui atividade no Agrinho em MS
Função social e ecológica do paisagismo inclui atividade no Agrinho em MS
Longe de ser um luxo, o paisagismo tem importante função social e ecológica. “Ter um jardim planejado vai além de harmonização visual. Garante bem-estar para famílias que convivem num mesmo ambiente, seja em residência ou parques, e ameniza os efeitos do clima, a poluição do ar e também evita erosão”. Este conceito, explicado pela engenheira agrônoma, Márcia, que há 7 anos atua como paisagista, será aplicado na metodologia do Agrinho, programa de responsabilidade social do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
De acordo com a coordenadora educacional do Senar/MS, Terezinha Cândido, o conhecimento à cerca do paisagismo faz com que professores, alunos e familiares tenham novo olhar para a atividade agrícola. “Vimos mais uma oportunidade de inserir temas relacionados a sustentabilidade e meio ambiente no Agrinho, a partir das técnicas do paisagismo. Eles serão estimulados a fazer o seu próprio jardim, cuidar das plantas e qual o custo para preparar tudo. Isso será uma amostra do que o produtor rural desenvolve diariamente no campo”, ressalta.
O paisagismo que inclui a olericultura, hortaliças, culturas folhosas, tubérculos e frutos é tema de um curso ministrado para instrutores do Senar/MS com duração de uma semana. A programação percorreu a história desta atividade, as funções, tipos de materiais, detalhes da parte botânica, bem como, elaboração de projetos, orçamento e execução. “Na sexta-feira, último dia de curso, colocaremos em prática a teoria aprendida na sala. Reformularemos o jardim da Casa Rural para que os participantes sintam o que é executar o paisagismo”, esclarece Márcia.
Os instrutores capacitados levarão os conhecimentos adquiridos às escolas participantes do Agrinho e a partir do próximo ano, as instituições poderão apresentar o paisagismo como uma das experiências pedagógicas do programa. “Repassaremos para os professores e alunos a parte de manejo das plantas, harmonia e as questões ecológicas. A vertente da agricultura urbana permite que, ainda pequenos, os alunos coloquem em prática o que aprenderam, respeitando cada ambiente e incluindo elementos que somem ao meio ambiente”, explica o instrutor do Senar/MS e participante do treinamento, Lucas Teixeira.
A intenção é que em 2017 este seja mais um dos cursos ofertados gratuitamente pelo Senar/MS. “Já tínhamos o intuito de ampliar a cartela de opções na linha de formação profissional. Diante da demanda de interessados neste segmento, tanto na cidade como no campo, e da possibilidade de conectar o campo e a cidade, devemos incluí-lo na lista de capacitações”, conclui.