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Medicina Veterinária: uma profissão dedicada ao cuidado com a vida, no campo e na cidade

Medicina Veterinária: uma profissão dedicada ao cuidado com a vida, no campo e na cidade

09/09/2016 - 09:30

No dia 9 de setembro é comemorado o dia de um dos profissionais que mais contribui para o setor rural: o Médico Veterinário. A profissão nasceu a partir da domesticação e criação de animais, possuindo registros de 4.000 anos antes de Cristo. O especialista enfrenta desafios constantes no que se refere aos cuidados de diversas espécies animais, bem como o controle de zoonoses que podem afetar o ser humano.

O Brasil, que tem entre as principais matrizes econômicas a produção de carne bovina, suína, de aves e leite, encontra no médico veterinário, um profissional fundamental para que o setor continue a produzir com sustentabilidade, eficiência e bem-estar animal. A profissão abrange atuações em sanidade, animais domésticos, silvestres e contribui diretamente na saúde da população, com importante participação em pesquisas tecnológicas e que vem contribuindo para o desenvolvimento econômico e social de nosso país.

Diante da contribuição destes profissionais, o Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS e o Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural buscaram entre os colaboradores e prestadores de serviço de instrutoria e assistência técnica, que totalizam 74 profissionais, depoimentos que comprovam a dedicação dos chamados ‘médicos dos animais’.

Liderança Rural – O presidente do Sistema Famasul, Mauricio Koji Saito, é médico veterinário, formado na UEL – Universidade Estadual de Londrina. A profissão trouxe ao representante da agropecuária os conhecimentos técnicos e o reconhecimento da importância do setor. “Me orgulho da profissão que auxilia na transformação no campo, por intermédio do trabalho rural”.

Experiência a serviço do Agro – Horácio Tinoco é consultor técnico do Sistema Famasul, mas começou a trajetória como instrutor do Senar/MS em 1996, como educador em cursos de FPR – Formação Profissional Rural. Com 23 anos dedicados a profissão, o médico veterinário lembra algumas situações que marcaram sua trajetória no setor pecuário. “Um dos momentos mais gratificantes foi realizar um parto difícil e salvar a vida da vaca e do bezerro. E na outra, receber o agradecimento de alunos emocionados por um curso que ministrei pelo Senar/MS. O produtor me falou que não teria condições de viajar 300 km, pagar hospedagem e alimentação e que era grato pelos conhecimentos que levei”, observa o especialista que também participou de projetos sobre sanidade animal na instituição.

Educação e cidadania – Diego Abes Xavier soma mais de dez anos dedicados à profissão e é instrutor e educador do Senar/MS há três, atuando em cursos de Manejo de Ordenha e programas como Agrinho e Pronatec, na área de Corte, Leite e ILPF. Xavier conta que prestou vestibular para Direito e Medicina Veterinária e decidiu pela última opção no dia matricula. “Não me arrependo da decisão e o que mais me gratifica é poder auxiliar as pessoas do meio rural a produzirem mais e melhor, impactando diretamente na qualidade de vida das famílias”, analisa Xavier que desde criança teve contato com a pecuária, mas enxerga na profissão a importância para desenvolvimento do país.

Saúde e consultoria técnica – Marcelo Reis Bevilacqua veio de Minas Gerais e atua há quase 15 anos na profissão que foi despertada desde criança. “Sempre acompanhei o trabalho de meus familiares nas propriedades e tive certeza que queria trabalhar na área. Na minha trajetória profissional atuei em consultorias e assistência técnica aos produtores de leite, cirurgias de grande porte e clínica. Comecei a trabalhar no Senar/MS como instrutor em 2013 e há dois anos sou supervisor do programa Mais Leite. O médico veterinário não cuida somente da saúde de um animal, é responsável também pelo bem-estar dos seres humanos, garantindo que a carne e o leite que chegam nas residências sejam de consumo seguro e origem confiável. Nossa área de atuação é abrangente e podemos optar por cuidar de animais domésticos, silvestres, pesquisadores, cirurgiões e também professores”, conclui.

Mulheres no campo – Bruna Bastos é formada há oito anos, mas, conta que a maior influência veio de casa, já que os pais, o padrasto e o avô paterno também são médicos veterinários. Há dois anos é colaboradora do Senar/MS e coordena a equipe do programa Mais Leite, uma das linhas de atuação da metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial. “Sempre achei a medicina veterinária uma missão incrível e abençoada, e sendo ela destinada aos animais, não poderia ser mais perfeita, pois são seres vivos completos, puros. Hoje considero o meu trabalho o que faltava na minha vida. Para eu me tornar completa busquei durante quase dez anos algo que me fizesse feliz profissionalmente, e posso garantir que eu encontrei. Sou paga para ajudar as pessoas, quer algo melhor?”, questiona.

A diretora-secretária do Sistema Famasul, Terezinha Candido, também escolheu o campo para realizar sua trajetória profissional. “Em 1994, eu cursei a faculdade de medicina veterinária, na Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Em 1996, comecei a trabalhar no Senar/MS – Serviço de Aprendizagem Rural. E de lá para cá, são quase vinte anos de Sistema Famasul, viajando pelos municípios de Mato Grosso do Sul e tomando consciência de como o conhecimento pode transformar a vida das pessoas”.

Sangue Novo – Gelcivan Rios Silva faz parte do time novo do ATeG Mais Leite, no qual está há seis meses e se formou há dois anos em Dourados. O profissional veio do interior da Bahia para realizar o sonho de ser médico veterinário e afirma estar realizado com o trabalho assistência técnica. “Sempre acompanhei as informações do setor pelas publicações especializadas e pela internet. Decidi encarar o desafio de vir para Mato Grosso do Sul estudar como bolsista e sou apaixonado por minha profissão, a qual me dedico totalmente. Um dos fatores que mais gratificam é o respeito e o carinho dos produtores que atendo, isso me estimula a querer aprender e compartilhar meu conhecimento”, argumenta. Silva revela que fazer o que se gosta é o principal combustível para ser um profissional completo.

O Sistema Famasul parabeniza aos profissionais responsáveis por cuidar do setor mais produtivo do Estado.