MS poderá receber certificação de área livre de peste suína
MS poderá receber certificação de área livre de peste suína
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Mato Grosso do Sul está na lista dos Estados Brasileiros que podem receber, ainda este ano, a certificação de área livre de peste suína concedida pela OIE – Organização Internacional de Saúde Animal. O anúncio feito na semana passada pela Comissão Científica da Organização trouxe otimismo à suinocultura estadual e nacional.
A doença, causada por um vírus, é altamente contagiosa e tem notificação compulsória para a OIE. Provoca febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo, paralisia nas patas traseiras, dificuldades respiratórias e pode levar à morte do animal.
Para a gestora do Departamento de Economia do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Adriana Mascarenhas, apesar de 90% da produção de carne suína de Mato Grosso do Sul ser direcionada ao mercado interno, a notícia pode resultar em valorização para o setor. “Além de melhorar ainda mais a imagem da qualidade da nossa carne suína, a certificação ampliará a vendas de outros Estados que exportam este produto. Com isso a oferta no mercado interno ficará mais restrita, abrindo espaço para a nossa produção”.
Já para o consultor técnico do Sistema Famasul, Rodney Guadagnin, o efeito da decisão da OIE repercutirá também no segmento agrícola e representa o resultado da ação de sanidade animal desenvolvida pelo produtor rural sul-mato-grossense.
“Este reconhecimento será muito importante para o Mato Grosso do Sul no desenvolvimento e fortalecimento da suinocultura, pois, sem isso perderíamos a oportunidade de expansão da nossa produção. Acreditamos que irá atrair mais indústrias para o estado visto que, sem o Certificado da OIE, não teríamos como exportar e alcançar mercados que garantam maior lucratividade para todo setor”.
Na concepção de Guadagnim é o caminho certo para um bom desempenho do setor em curto prazo. “De olho no futuro, o produtor sul-mato-grossense segue trabalhando e atendendo as normas de vigilância sanitária visando um horizonte mais amplo em breve”.
O especialista ainda destaca a atuação do produtor rural diante desse status. “O reconhecimento é oriundo de um grande esforço dos produtores e integradoras para adoção de uma série de procedimentos que tem nos garantido a sanidade dos nossos rebanhos e a produtividade necessária para adquirirmos agora está certificação da OIE que nos mantém a possibilidade comercialização com outros países”.
Saiba mais – Desde 2015, a peste suína clássica compõe a lista de doenças de reconhecimento oficial da OIE. A partir de então, a doença deixou de ser autodeclaratória para ser de reconhecimento oficial. Entre as exigências do código sanitário de animais terrestres da OIE para que se consiga a certificação estão as notificações de suspeita de doença hemorrágica ou aumento de mortalidade, melhorar barreiras sanitárias fixas, estabelecer corredores sanitários e barreiras volantes como alguns dos requisitos.
A informação é de que mais 13 estados e o Distrito Federal poderão obter essa certificação em maio deste ano, durante a assembleia da OIE. A instituição aprovou, na última quinta-feira (18), o pleito brasileiro que solicita o reconhecimento da área, que engloba os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Além dos municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, todos eles no Amazonas. Em maio do ano passado, os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina também receberam a certificação internacional desse referendo.