Público lota cinema na estreia de Planuras e se encanta com produção sul-mato-grossense
Público lota cinema na estreia de Planuras e se encanta com produção sul-mato-grossense
Um público diversificado e atento formado por cerca de 300 pessoas, de todas as idades, do meio rural e urbano, lotou a sala de cinema do Cinemark, no Shopping Campo Grande, para assistir a estreia do filmensaio ‘Planuras’, do cineasta Mauricio Copetti, uma recente e inédita produção sobre o Pantanal, na noite desta terça-feira (17).
Antes da apresentação do filme, Maurício Copetti agradeceu a todos que participaram, de maneira direta ou indireta, da produção de Planuras e falou sobre a obra. “O Planuras promoveu o encontro entre pessoas diferentes, de setores diferentes, da política, da cultura e de várias entidades”. O curta, de 49 minutos, será levado agora para festivais de cinema nacionais e internacionais.
Sobre sua obra, Copetti define como um protagonista multifacetado, que mostra os eventos naturais, as cores, os sons, a dinâmica de seus residentes se interrelacionando e sendo resignificados através da linguagem cinematográfica e poética. “É como se fosse o auto-retrato, a expressão da paisagem pantaneira projetada no filme que tem perspectivas atemporais. É a multiplicidade desse ambiente vasto, misterioso e encantador que se redesenha constantemente e obriga seus habitantes a se adaptarem, gerando uma cultura singular, tanto nos homens quanto na fauna e flora. O ciclo das águas é o que rege essa singularidade”.
O presidente da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS – uma das instituições que patrocinou o filme – Nilton Pickler, enfatizou que o filme trouxe uma nova perspectiva sobre o que estamos acostumados a ver sobre o bioma. “O Pantanal nunca deixa de nos surpreender, até mesmo no meu caso que sou de Bonito vi no filme elementos que me maravilharam. A produção mostra, com imagens belíssimas, que o produtor pantaneiro também compõe a imagem pantaneira”, destacou.
Segundo o superintendente do Senar/MS – Serviço de Aprendizagem Rural, Rogério Beretta, a instituição apoiou a produção por entender que se trata de uma importante divulgação sobre o bioma que é o patrimônio da natural da humanidade. “O filme foge dos clichês e mostra por meio de belíssimas imagens e de depoimentos o fluxo do subir e baixar das águas pantaneiras. Quem conhece a região sabe que é no movimento dessas águas que gira a vida do homem pantaneiro”, enfatizou Beretta.
Filme poético. Foi assim que pecuarista de Bonito, Leonardo de Barros, definiu o filme Planuras. “O cineasta, com seu olhar artístico, retratou o bioma Pantanal e alcançou o objetivo de colocar no mesmo patamar o homem, a fauna e a flora”, ressaltou Barros também salientando que iniciativas como o filme ajuda na conscientização em relação à preservação ambiental.
A professora de yoga, Joana Cruzetta, também aprovou o trabalho do cineasta Maurício Copetti, até então desconhecido por ela. “O filme mostrou o Pantanal como ele é . Destacou também a interação das pessoas que vivem por lá e eu senti o despertar da minha memória afetiva, lembrando dos momentos que passei lá”.
Copetti nasceu em Ijuí, no interior do Rio Grande do Sul e veio para o Mato Grosso do Sul em 1992. O cineasta é conhecido, tanto nacionalmente como internacionalmente, por retratar o universo pantaneiro. Entre suas produções, o primeiro foi o documentário Delta de Salobra que faturou quatro prêmios em festivais de cinema nacionais. A seguir, produziu o curta de ficção “Nanquim”. Além disso, fotografou filmes de outros diretores e produziu, em associação com a BBC- Bristol, o telefilme “Raising Sancho”.