Skip directly to content

Painel Campo Futuro mostra custos e rentabilidade do setor sucroenergético em MS

Painel Campo Futuro mostra custos e rentabilidade do setor sucroenergético em MS

18/08/2015 - 16:30

Oportunidade para que o produtor possa acompanhar e avaliar os custos com a produção e rentabilidade na atividade da cana-de-açúcar, em Mato Grosso do Sul. Este é objetivo do Painel Campo Futuro de Cana-de-açúcar, na avaliação do diretor tesoureiro do Sistema Famasul – Federação de Agricultura e Pecuária de MS, Luís Alberto Moraes Novaes. O estudo foi apresentado a técnicos e produtores do setor sucroenergético nesta terça-feira (18), na sede da Casa Rural.

O estudo é viabilizado pela CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, em parceria com a equipe da Pecege – Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas da Esalq/USP – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo. O objetivo principal da apresentação foi divulgar os indicadores econômicos do sistema de produção da cana-de-açúcar, na região de Maracaju (MS), comparando os resultados da safra 2013/2014 com a estimativa para o ciclo atual.

De acordo com Novaes, as informações compiladas no Estado serão proveitosas para que os produtores possam comparar os resultados em outras regiões do país. “Tivemos acesso a realidade econômica de Mato Grosso do sul e comparamos com outras regiões produtoras do país, analisando competitividade, eficiência e rentabilidade. Estes números são importantes para que possamos superar as dificuldades vivenciadas pelo setor que enfrenta um momento crítico”, reforça.

O responsável pela pesquisa, João Henrique Rosa, explicou que o trabalho é realizado desde a safra 2007/2008 em Mato Grosso do Sul e aponta alguns entraves que ainda cercam a atividade. “O setor sucroenergético tem alto potencial de produção e lucro, mas, esbarra em questões políticas como controle de preços dos combustíveis como aconteceu recentemente com a gasolina e impactando diretamente no etanol. Por ser uma cultura de longo prazo, a situação de insegurança faz com que muitos produtores acabem desistindo da cultura e arrendando as áreas produtivas para usinas”, considerou.

Atualmente, o Estado ocupa a quinta colocação nacional de produção em cana-de-açúcar com 668,3 mil hectares de área plantada, segundo os dados do Siga – Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio. A cultura obteve no último ciclo (2013/14) uma colheita de aproximadamente 43 mil toneladas. Os municípios com maior participação na atividade são: Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Costa Rica, Angélica e Dourados.

Na avaliação do consultor da Famasul, Clovis Tolentino, o painel detalha aos produtores rurais a viabilidade da atividade, bem como quais os custos de produção terão maior impacto nos lucros. “O produtor obterá uma avaliação mais precisa se tiver acesso às informações apresentadas neste estudo, pois, é utilizada uma metodologia científica que apontará fatores como depreciação de equipamentos, preço da terra e valor pago na indústria. Além disso, serve como referência de informações para avaliar o mercado local e nacional”, argumentou.

De acordo com o gerente geral da empresa Sapé Agropastoril com sede em Maracaju (MS), Artur Falcette, o painel é importante para que os produtores analisem se estão realizando uma boa gestão e o que está sendo eficiente ou não. “Iniciamos o cultivo em 2008, com uma área de 150 hectares e atualmente plantamos 1.040 hectares que são vendidos diretamente para uma indústria paulista, com filial em Maracaju. Estamos satisfeitos com a rentabilidade e acredito que isso se deve em parte, por trabalharmos com rotatividade de culturas, como soja, milho safrinha e aveia”, afirmou Falcette.