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Pecuária leiteira da Nova Zelândia é modelo para o Brasil

Pecuária leiteira da Nova Zelândia é modelo para o Brasil

09/03/2017 - 17:30

Os três vencedores do Programa CNA Jovem seguem conhecendo setores da agropecuária da Nova Zelândia. Nesta quarta e quinta-feira (9/3), o destaque da programação foi a pecuária leiteira, área onde o país é um dos líderes mundiais em produtividade, tecnologia e qualidade.

Izaura Freire Sales, Jaoquim Lima Neto e Morganna Miranda visitaram uma fazenda modelo de produção com uso de tecnologias, na região norte do país. Lá, os três vencedores do CNA Jovem puderam observar os altos investimentos feitos pelos produtores em equipamentos e na otimização da mão de obra. Acompanharam a retirada de leite em uma ordenhadeira totalmente automatizada e ficaram impressionados com o rigoroso controle da qualidade do leite dentro das propriedades.

“Para vocês terem uma ideia, após o leite ser ordenhado e antes dos caminhoneiros virem retirar o leite, é emitido um informativo com toda a descrição de proteínas, de gordura e da qualidade do leite. Esse papel vai junto com os caminheiros para onde eles forem entregar. Dessa forma, todos sabem a qualidade do produto que está sendo entregue”, conta Morganna Medeiros.

O trio vencedor do CNA Jovem – que é acompanhado pela chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR, Andréa Barbosa – também conheceu um sistema de tratamento da água utilizada para limpeza do curral e das ordenhadeiras. Além disso, eles viram como é feito o armazenamento do leite em tanques resfriados e passearam pela área de campo onde os animais são criados. Nesse local, aprenderam sobre o uso de cercas elétricas para delimitar os espaços das vacas e verificaram a excelente qualidade da pastagem nativa.

“Conforme a quantidade de alimento que o produtor tem na fazenda, ele faz a rotação dos potreiros. Então ele pode apressar ou diminuir. Se vê que tem muito pasto, pode cortar para continuar o crescimento com uma qualidade boa. Tem todo um manejo e isso é um detalhe que vai fazer toda a diferença entre os fazendeiros”, explica a médica veterinária Lúcia Chagas, que mora na Nova Zelândia e organizou o roteiro da viagem técnica.

Outro momento enriquecedor desde que chegaram na Nova Zelândia foi a conversa que os três tiveram com o gerente de desenvolvimento de negócios da Livestock Improvement Corporation (LIC) – empresa de comercialização de sêmen bovino -, Barry Allison. Ele falou um pouco sobre as diferenças da produção de leite no Brasil e na Nova Zelândia e apontou aspectos que os produtores brasileiros precisam focar para elevar os seus índices.

“Tem que focar muito na detecção de cio das vacas. A gente tem que focar também na criação e recria de bezerras e novilhas, na reposição de vacas, porque se você não cuida do futuro do seu rebanho, vai acabar tendo prejuízo. Outro ponto é descartar a vaca que não presta, que não está produzindo leite, que está vazia e não está prenhando. Tem muita vaca que está praticamente de férias nas fazendas”, brinca o gerente da LIC.


Fonte: CNA