O mês de outubro traz uma expectativa positiva de chuva em Mato Grosso do Sul, com previsões indicando volumes dentro da média histórica para a maior parte do estado. No entanto, o produtor deve estar atento e avaliar a atual situação, pois realizar o plantio sem o volume adequado, pode gerar impactos na plantação.

“Semear em solo com pouca umidade pode comprometer a germinação das sementes, afetando diretamente o desenvolvimento das plantas”, pontua a analista técnica do Sistema Famasul, Lenise Castilho.

A previsão para o mês de outubro aponta precipitações acumuladas entre 80 mm e 200 mm no estado, o que traz certo alívio para os produtores que se preparam para o plantio da soja. De acordo com Lenise, a primeira semana de outubro apresentou chuvas abaixo da média histórica, com até 30 mm na região Centro-Sul do estado, mas a tendência é que o volume de chuvas fique dentro do esperado a partir da segunda semana do mês.

Dados do CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) registram que regiões como o Pantanal e o Norte do estado devem ter um volume menor de precipitação neste início do mês, o que pode exigir atenção redobrada dos produtores. “As chuvas devem começar a se regularizar a partir da segunda semana de outubro, com volumes de 20 mm a 50 mm, mas os cuidados com o solo devem ser mantidos”, ressalta Lenise.

Com o fim do vazio sanitário em setembro, muitos produtores esperavam iniciar o plantio de grãos, mas as condições climáticas, agravadas pela baixa umidade e incêndios recorrentes, impediram o avanço das operações no campo. Até o dia 27 de setembro a área plantada de soja, acompanhada pelo Projeto SIGA-MS, alcançou apenas 3,3% do total esperado, com a região sul do estado liderando com 5,2%.

De acordo com dados do Boletim de Agricultura da Casa Rural de MS (579/2024), a área plantada até o momento, conforme estimativa do Projeto SIGA-MS, é de aproximadamente 148 mil hectares. A falta de chuva no início do mês tem sido um dos fatores limitantes.

A comparação com os volumes de chuva registrados em 2023 também reforça a preocupação. Segundo dados do CEMTEC, até o mês de agosto deste ano choveu 548,85 mm no estado, 46,08% a menos do que no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 1.017,96 mm.

Para minimizar os efeitos do déficit hídrico, a técnica aponta que há medidas preventivas que os produtores podem adotar para amenizar os riscos. “Seguir o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) e adotar práticas de manejo que favoreçam o armazenamento de água no solo, como o controle de ervas daninhas e o aumento da matéria orgânica, são fundamentais”, orienta.

Confira o volume de chuva previsto para todo o estado:

• 09 a 15 de outubro - São esperados de 30 mm a 50 mm em grande parte do MS. Na região norte de MS, há chuva prevista a partir da segunda semana de outubro (20 mm a 50 mm). E no Pantanal de 20 mm a 30 mm.
• 16 a 22 de outubro - Na semana compreendida entre os dias 16 e 22, as chuvas devem ficar dentro da média no centro-sul, com previsão de 30mm a 50 mm. Já na região leste, deve ficar um pouco abaixo da média com previsão de 20 mm a 50 mm. O mesmo volume é previsto para o Pantanal, ficando dentro da média histórica.
• 23 a 29 de outubro - Na última semana do mês de outubro, todo estado de MS deve ter precipitação dentro da média histórica, esperam-se de 20 mm a 50 mm.

Fonte: CPTEC/INPE e INMET

Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Ana Palma