Produção agropecuária de MS se destaca pela sustentabilidade
Produção agropecuária de MS se destaca pela sustentabilidade
A sustentabilidade é um dos temas mais debatidos na atualidade no Brasil. Em Mato Grosso do Sul, o cenário não é diferente, considerando que entre os setores econômicos o agronegócio é o que mais caminha em direção a uma produção que alia desenvolvimento e preservação. No caso da pecuária, por exemplo, em 15 anos enquanto o efetivo bovino caiu 10%, a produção de carne cresceu 36% no mesmo intervalo. A informação foi apresentada pela gestora do Departamento Econômico da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Adriana Mascarenhas, nesta terça-feira (12), durante apresentação no CNAgro – Congresso Nacional de Inovações do Agronegócio, em Dourados.
Segundo Adriana, o resultado desproporcional entre o efetivo bovino e o volume de carne produzida durante o período analisado comprova que o produtor tem sido eficiente. “A tecnificação do segmento permitiu que o pecuarista produzisse mais, em menor espaço e menor tempo. Em 15 anos, a produção do Estado passou de 699 mil toneladas para 950,4 mil toneladas” afirmou, referindo-se ao percentual de crescimento do volume de carne produzido.
Durante o congresso, Adriana afirmou que a tecnologia é a base do desenvolvimento também da agricultura. “O avanço tecnológico permitiu o aumento da produção por hectare. Em nível nacional, se mantivéssemos a mesma produtividade de 1976, para se produzir 200 milhões de toneladas precisaríamos 159 milhões de hectares, mas fazemos isso hoje com apenas 57,4 milhões de hectares”. Desde que foi criado o estado de Mato Grosso do Sul, ou seja, nas últimas 37 safras, enquanto a área cresceu 178%, a produção registrou um aumento superior a 1.366%.
A agronegócio responde por 22,5% do PIB nacional, com R$ 1,09 trilhões, segundo a última apuração da CNA. Especificamente em Mato Grosso do Sul, onde a vocação econômica passa pelo setor, a previsão é de que o PIB do agro cresça 7,5% em 2015.
Apesar do avanço, a especialista ressalta que é preciso produzir muito mais alimentos para atender a demanda global. “Seremos 9,2 bilhões de pessoas em 2050 e o Brasil é considerado um dos países que podem superar o desafio de produzir alimentos para o mundo. Hoje, mais de 800 milhões de pessoas não recebem quantidade de comida suficiente para levar uma vida normal e sadia, segundo dados da WFP – World Food Programme”.
Sobre o evento – O CNAGRO – Congresso Nacional de Inovações do Agronegócio, começou no dia 11 e vai até esta quarta-feira (13), em Dourados. Participam do Congresso agricultores, pecuaristas, técnicos, analistas, gestores e pesquisadores que serão apresentados a diferentes dimensões do agro: novidades tecnológicas e científicas, preservação ambiental e estratégias que agregam valor ao produto. O evento é realizado pela Agron Portal e Revista, ANCP – Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores, AEAGRAN – Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados e UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados.