Senar/MS participa de evento para conhecer sistema produtivo de leite da Nova Zelândia
Senar/MS participa de evento para conhecer sistema produtivo de leite da Nova Zelândia
“Uma experiência enriquecedora, na qual o manejo eficiente e a objetividade na aplicação de tecnologias em bovinocultura de leite se destacaram”. A afirmação da coordenadora do programa Mais Leite, do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Bruna Bastos, diz respeito ao workshop ‘A produtividade da pecuária: a experiência da Nova Zelândia na qualidade de leite’, realizado nos dias 12 e 13 de julho em Brasília (DF).
Ao total, 19 administrações regionais do SENAR participaram do evento idealizado em parceria com o Sistema CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e a Embaixada da Nova Zelândia, no Distrito Federal. O objetivo da organização foi apresentar informações sobre o sistema de produção do país que atualmente ocupa a 7ª posição mundial na produção de leite, com destaque para posição de maior exportador de produtos lácteos.
Dividido em dois momentos, o evento contou com palestras que destacaram: gestão de qualidade do leite na Nova Zelândia, Melhoramento genético integrado à indústria Leiteira e o uso de Novas Tecnologias no manejo de Pastagens. No segundo dia, os convidados puderam conhecer a experiência de duas propriedades rurais no estado de Goiás para conhecer experiências de sucesso, utilizadas a partir do modelo neozelandês.
Na avaliação de Bruna, conhecer iniciativas de outros países e continentes contribui para nortear os profissionais brasileiros sobre quais técnicas são mais eficazes e de fácil adaptação em diferentes regiões. “Os profissionais da Nova Zelândia mostraram ao nosso grupo como é possível utilizar aqui as técnicas em andamento do outro lado do mundo. Fiquei admirada com a postura de trabalho, muito descomplicada e prática. Por exemplo, o processo de higiene que começa desde a eliminação com parasitas (carrapatos) permanece até o momento da ordenha, onde observa animais muito limpos”, detalha a coordenadora.
Técnicas comprovadas – Os convidados puderam acompanhar de perto a realidade de duas propriedades que pertencem a um grupo de empresários rurais neozelandeses e investidores brasileiros. A primeira visita aconteceu na fazenda Kiwi (Silvânia – GO) a 200 quilômetros de Brasília e a segunda, em Gameleira de Goiás. Os dois locais somam uma área de 400 hectares com quatro mil animais e produção media de até 27 mil litros de leite diários. A base do rebanho é gado comercial inseminado com a genética das raças Holandesa e Jersey, com meta de padronizar o rebanho como ‘Jersolando’ nos próximos anos.
A experiência proporcionou uma verdadeira aula para o grupo sobre como funciona o modelo da Nova Zelândia para produzir leite a pasto. Guiados pelo casal de proprietários e administradores das fazendas – Owen Williams e Beatriz Reis -, os técnicos do SENAR visitaram a área de pastagens com pivôs de irrigação, tiveram contato com os animais, conheceram como é feita a divisão dos piquetes rotacionados com cercas elétricas móveis e a preparação da silagem, além de visitarem a área de criação de bezerras e de ordenha. Um dos pontos que mais chamou a atenção dos visitantes foi a rentabilidade alcançada com simplicidade.
“Quando a gente vê o interesse de um neozelandês em vir produzir no Brasil e que demonstra ganhos superiores aos que tem no seu país isso, para nós, mostra que temos o grande desafio de levar informação e tecnologia para que os nossos produtores possam compartilhar desses mesmos ganhos”, destaca o coordenador nacional de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR, Matheus Ferreira.
Na avaliação da coordenadora do Mais Leite em Mato Grosso do Sul, a tecnologia aplicada pela Nova Zelândia demonstra que os profissionais de assistência técnica e gerencial do Senar estão no caminho certo sobre as orientações aplicadas na pecuária leiteira. “A metodologia implantada com os produtores assistidos no ATeG prevê um dos temas mais discutidos no workshop que são: manejo, sustentabilidade e controle dos custos com a produção. Voltamos entusiasmados em multiplicar as tecnologias e assim, impactar positivamente na produção leiteira de nosso Estado”, conclui Bruna.