Senar/MS reformula programa Agricultura de Precisão
Senar/MS reformula programa Agricultura de Precisão
Profissionalizar a agricultura e colher benefícios como sustentabilidade no setor, preservação do meio ambiente e qualificação da mão de obra. Estes são os objetivos do Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural ao promover uma série de visitas em Mato Grosso do Sul entre os dias 14 e 17 de abril, a fim de divulgar a reformulação do programa Agricultura de Precisão lançado nacionalmente em 2012.
As reuniões foram realizadas nos Sindicatos Rurais de Maracaju, Dourados, Ponta Porã, Laguna Carapã, Bonito e Amambai pelo assessor técnico do Senar Central, Rafael Diego Nascimento da Costa. “O programa começou em 2012 e aqui no Estado foi desenvolvido um piloto nos municípios de Maracaju, Dourados, Ponta Porã e Amambai. A partir dos resultados obtidos realizamos uma readequação que foi apresentada junto aos sindicatos das principais regiões produtoras de soja”, esclareceu.
Costa destacou que neste período foi possível detectar o perfil dos produtores com interesse em adotar a agricultura de precisão e quais as principais necessidades de cada região. “Em alguns casos verificamos que a utilização da ferramenta deixou a desejar, pois, não foi utilizada corretamente. Então reformulamos o programa de forma a qualificar os trabalhadores que manuseiam máquinas e insumos agrícolas”, acrescentou.
A agricultura de Precisão foi difundida por alguns países da Europa e os Estados Unidos, consistindo em uma tecnologia embarcada que avalia a variabilidade especifica de cada propriedade. O produtor que adota o sistema terá como benefícios diretos a melhoria na gestão das atividades, já que o levantamento de informações específicas permitirá a tomada de decisões baseadas em dados concretos. “O programa pode ser implantado da grande a pequena propriedade e já foi adotado em municípios da região Sul e Centro-Oeste do país. O resultado tem sido verificado nos bons níveis de produtividade do milho, soja, algodão e cana-de-açúcar, mas, pode ser estendido também para atividades de pecuária”, detalhou o assessor técnico do Senar.
Visitas aos municípios – Segundo presidente do sindicato rural de Dourados, Lúcio Damalia, a reformulação do programa foi positiva e atenderá as particularidades de cada região. “Eu e meu filho participamos da primeira etapa da Agricultura de Precisão, porém, percebemos que o conteúdo era direcionado aos trabalhadores que atuam na ponta e que manuseiam diariamente os equipamentos. Acredito então que nesta nova etapa os participantes poderão aproveitar melhor o curso e proporcionar a qualificação dos funcionários”, argumentou.
Damalia acredita que o funcionamento do programa norteará o trabalho do Senar/MS na identificação de outras capacitações que já são oferecidas pela instituição. “No caso da agricultura de precisão, entendo que o operador de uma plantadeira ou colheitadeira precisa ter noções de informática, gerando assim demandas de novas turmas do Inclusão Digital Rural, por exemplo”.
Em Maracaju, o presidente do Sindicato, Juliano Schmaedecke, esclareceu que a agricultura de precisão já era desenvolvida há quase uma década e a iniciativa do Senar/MS possibilitará o aperfeiçoamento do programa. “Aqui na região os produtores já utilizavam ferramentas como o GPS e o piloto automático. Por isso ficamos satisfeitos em receber a visita dos representantes do Senar Central e Regional, com informações atualizadas e direcionadas as necessidades de nossos produtores”, considerou.
No sindicato de Amambai, o presidente Diogo Peixoto da Luz afirmou estar otimista e pretende convidar mais produtores para participar do programa. “A reunião foi muito boa e queremos captar inicialmente os produtores que já tecnificam a produção, para depois, apresentar os resultados positivos ao grupo que ainda não conhece ou utiliza esta ferramenta de gestão”, concluiu.
Para o superintendente do Senar, Rogério Beretta, o programa Agricultura de Precisão oferece condições para que produtores e trabalhadores rurais possam melhorar ainda mais a produtividade, sem perder de vista, a sustentabilidade local. “Para que os produtores possam dinamizar suas as atividades, necessitam de ferramentas que apontem quais as melhores práticas que devem ser utilizadas nas propriedades”, finalizou.