O Sindicato Rural de Laguna Carapã e prefeitura municipal realizarão uma força-tarefa para a recuperação das estradas que dão acesso às propriedades rurais.

Este ano, as chuvas na região estão acima da média e danificaram seriamente estradas e pontes que cortam o município. A poucas semanas do início da colheita e escoamento da safra, representantes do sindicato rural sugeriram uma parceria de trabalho com a prefeitura.

 “Acreditamos que o escoamento deve começar em, aproximadamente, 40 dias. Além do prazo ser apertado, existe a previsão de mais chuvas para dezembro nessas áreas. Procuramos o prefeito, oferecemos a parceria, ele aceitou prontamente e já organizamos um plano de ação”, explica o presidente do sindicato rural, Luiseu Bortoloci.

A reunião aconteceu nessa semana e, de acordo com o sindicato rural, o prefeito Itamar Bilibio se comprometeu em disponibilizar a equipe da Secretaria de Obras para trabalhar nos pontos mais críticos junto com os produtores rurais.

“Os produtores da região já estão fazendo essa força-tarefa, mas os estragos são inúmeros e estamos literalmente correndo contra o tempo. Com os funcionários da prefeitura, a ação de melhorar esses locais de acesso até as plantações será intensificada e nos anima. A equipe está preparada para começar”, afirma João Firmino, presidente eleito do Sindicato Rural de Laguna Carapã, biênio 2015-2018.

Conforme dados do Siga – Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio de MS, ferramenta de aprimoramento da Aprosoja, o município ocupa a 7ª posição em produção de soja no Estado, na safra 2014/2015, com uma área plantada de 95.370 hectares e colheita de, aproximadamente, 287.200 mil toneladas.

El Niño

Divulgações do INMET – Instituto Nacional de Meteorologia – confirmam que as chuvas excessivas registradas nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina são provocadas pelo El Niño, fenômeno climático que tem sido classificado pelos especialistas como um “super El Niño”, devido a sua intensidade neste ano.

O fenômeno é relacionado ao aquecimento das águas do Pacífico Sul e, também, ao aumento das temperaturas globais. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o EL Niño deste ano pode ser um dos quatro mais quentes dos últimos 65 anos.