Sindicato Rural de Rio Brilhante inaugura Centro de Equoterapia
Sindicato Rural de Rio Brilhante inaugura Centro de Equoterapia
As sessões de equoterapia que antes aconteciam no pátio do Sindicato Rural de Rio Brilhante não serão mais realizadas a céu aberto. Um novo espaço foi inaugurado, nesta sexta-feira (26), para abrigar as aulas do Centro de Equoterapia, um projeto que existe desde 2012 e que atende alunos da Apae – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e a comunidade local do município.
Com esse já são três Centros de Equoterapia em Mato Grosso do Sul, assim como Aparecida do Taboado e Jardim, e todos contam com o apoio do Sistema Famasul e o Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. “O Sindicato Rural de Rio Brilhante torna-se referência na região por demonstrar um trabalho brilhante e resultados visíveis nos praticantes com a equoterapia. Esse projeto que conta com o apoio técnico do Senar/MS mostra os sindicatos rurais como agentes incentivadores da Promoção Social. Já temos a expectativa de mais outros dois novos centros de equoterapia, em Maracaju e Aquidauana”, aponta o coordenador de Equoterapia do Sistema Famasul, Raul Roa.
A Associação de Equoterapia de Rio Brilhante presta esse serviço gratuitamente. “Esse espaço hoje é um retorno que o Sindicato Rural de Rio Brilhante dá para o município que é movido pelo agro”, declara o presidente da entidade Luciano Manfio.
No início, o projeto contou com o apoio de parceiros importantes como a Polícia Militar de Rio Brilhante, poder público municipal, produtores rurais com a cedência de animais, e da Polícia Militar do Estado que trouxe informações e orientações ao projeto, como a realização de um curso em Brasília na ANDE-BRASIL (Associação Nacional de Equoterapia) para os profissionais que atuam no centro.
“Esse picadeiro é um grande projeto realizado. Além dos alunos da Apae, vamos oferecer atendimento a outras pessoas da comunidade que necessitem de tratamento. É uma semente plantada que vai gerar frutos para nossa sociedade, já que a gente vê a evolução no comportamento e autocontrole de cada praticante”, afirma o presidente da Apae e membro do sindicato rural, Roberto Lago.
Atualmente as atividades são realizadas todas as terças e quintas-feiras pela manhã. O Centro de Equoterapia Equo Rio realiza de 30 a 40 atendimentos por semana e atende pacientes com paralisia cerebral, lesão medular, síndrome de Down, autismo e dificuldades de aprendizagem. Ao todo cinco profissionais atuam no picadeiro: duas fisioterapeutas, uma psicóloga, um equitador e um voluntário que auxilia na equitação. O projeto conta com dois cavalos adestrados e mansos que são fundamentais para o tratamento dos pacientes e que são cuidados por um tratador. O sindicato rural oferece as baias, alimentação para os animais e o lanche para as crianças que são servidos por uma colaboradora da entidade.
“Mais que um trabalho é um prazer estar com esses pacientes. Nós estamos muito ligados enquanto equipes, o que também é muito importante para eficiência do tratamento. O diferencial da equoterapia é o tato com o animal, onde há uma troca na relação paciente-cavalo. A criança se sente empoderada, o animal é dela, eles põe até o nome no cavalo, elevando a autoestima do paciente”, explica a fisioterapeuta e responsável técnica, Márcia Azambuja.
Os resultados já são observados na melhoria física, psicológica e social dos pacientes, estimulando o bem-estar e a autoconfiança dos pacientes. É o caso do menino Henrique que tem paralisia cerebral que prejudica a sua coordenação motora e desenvolvimento intelectual. “Esse lugar é uma esperança pra gente. O Henrique desenvolveu muito e está quase andando. Em 2015 ele fez uma cirurgia e com o tratamento da équo ele não precisou passar por um novo procedimento cirúrgico. Pelo Henrique, ele estaria aqui diariamente. Todo esse sentimento e comprometimento da equipe, até mesmo dos animais, faz com que a gente forme uma família. A equoterapia é tudo, é o nosso coração”, diz emocionada a mãe do pequeno Henrique, Valéria Pedroso.
Fonte: Assessoria de Comunicação Senar/MS – Rodrigo Corrêa