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Sindicato Rural de Rio Brilhante inaugura Centro de Equoterapia

Sindicato Rural de Rio Brilhante inaugura Centro de Equoterapia

26/05/2017 - 13:45

As sessões de equoterapia que antes aconteciam no pátio do Sindicato Rural de Rio Brilhante não serão mais realizadas a céu aberto. Um novo espaço foi inaugurado, nesta sexta-feira (26), para abrigar as aulas do Centro de Equoterapia, um projeto que existe desde 2012 e que atende alunos da Apae – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e a comunidade local do município. 

Com esse já são três Centros de Equoterapia em Mato Grosso do Sul, assim como Aparecida do Taboado e Jardim, e todos contam com o apoio do Sistema Famasul e o Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. “O Sindicato Rural de Rio Brilhante torna-se referência na região por demonstrar um trabalho brilhante e resultados visíveis nos praticantes com a equoterapia. Esse projeto que conta com o apoio técnico do Senar/MS mostra os sindicatos rurais como agentes incentivadores da Promoção Social.  temos a expectativa de mais outros dois novos centros de equoterapia, em Maracaju e Aquidauana”, aponta o coordenador de Equoterapia do Sistema Famasul, Raul Roa.


A Associação de Equoterapia de Rio Brilhante presta esse serviço gratuitamente. “Esse espaço hoje é um retorno que o Sindicato Rural de Rio Brilhante dá para o município que é movido pelo agro”, declara o presidente da entidade Luciano Manfio.

No início, o projeto contou com o apoio de parceiros importantes como a Polícia Militar de Rio Brilhante, poder público municipal, produtores rurais com a cedência de animais, e da Polícia Militar do Estado que trouxe informações e orientações ao projeto, como a realização de um curso em Brasília na ANDE-BRASIL (Associação Nacional de Equoterapia) para os profissionais que atuam no centro.

“Esse picadeiro é um grande projeto realizado. Além dos alunos da Apae, vamos oferecer atendimento a outras pessoas da comunidade que necessitem de tratamento. É uma semente plantada que vai gerar frutos para nossa sociedade, já que a gente vê a evolução no comportamento e autocontrole de cada praticante”, afirma o presidente da Apae e membro do sindicato rural, Roberto Lago.

Atualmente as atividades são realizadas todas as terças e quintas-feiras pela manhã. O Centro de Equoterapia Equo Rio realiza de 30 a 40 atendimentos por semana e atende pacientes com paralisia cerebral, lesão medular, síndrome de Down, autismo e dificuldades de aprendizagem. Ao todo cinco profissionais atuam no picadeiro:  duas fisioterapeutas, uma psicóloga, um equitador e um voluntário que auxilia na equitação. O projeto conta com dois cavalos adestrados e mansos que são fundamentais para o tratamento dos pacientes e que são cuidados por um tratador. O sindicato rural oferece as baias, alimentação para os animais e o lanche para as crianças que são servidos por uma colaboradora da entidade.

“Mais que um trabalho é um prazer estar com esses pacientes. Nós estamos muito ligados enquanto equipes, o que também é muito importante para eficiência do tratamento. O diferencial da equoterapia é o tato com o animal, onde há uma troca na relação paciente-cavalo. A criança se sente empoderada, o animal é dela, eles põe até o nome no cavalo, elevando a autoestima do paciente”, explica a fisioterapeuta e responsável técnica, Márcia Azambuja.

Os resultados já são observados na melhoria física, psicológica e social dos pacientes, estimulando o bem-estar e a autoconfiança dos pacientes. É o caso do menino Henrique que tem paralisia cerebral que prejudica a sua coordenação motora e desenvolvimento intelectual. “Esse lugar é uma esperança pra gente. O Henrique desenvolveu muito e está quase andando. Em 2015 ele fez uma cirurgia e com o tratamento da équo ele não precisou passar por um novo procedimento cirúrgico. Pelo Henrique, ele estaria aqui diariamente. Todo esse sentimento e comprometimento da equipe, até mesmo dos animais, faz com que a gente forme uma família. A equoterapia é tudo, é o nosso coração”, diz emocionada a mãe do pequeno Henrique, Valéria Pedroso.


Fonte: Assessoria de Comunicação Senar/MS – Rodrigo Corrêa