Em pleno período de colheita da soja safra 2015/2016 em Mato Grosso do Sul e diante do volume de chuvas registradas nas últimas semanas, o governo do Estado autorizou na quinta-feira (14), a construção temporária de valas de drenagem para escoamento de água em áreas agrícolas e de silviculturas, que estejam ameaçadas com as precipitações. A medida está na resolução publicada pela Semade – Secretaria de Meio Ambiente Econômico no Diário Oficial também do dia 14 deste mês.

A iniciativa é uma alternativa viável de minimizar possíveis prejuízos na produção agrícola, garantindo assim a produção de grãos estimada para o ciclo atual. Se cumpridas conforme prevê a resolução, o método não interfere em questões ambientais, já que tem como prerrogativa, cumprir critérios como, respeitar o projeto técnico de profundidade e drenagem de água – para que não comprometa o lenço freático, evite danos às propriedades vizinhas e não contribua com processos erosivos.

A produção de soja está estimada em 7,2 milhões de toneladas, 4,1% frente à temporada 2014/2015, o mesmo percentual é projetado para o milho safrinha desta temporada. Em contrapartida, as condições climáticas são desfavoráveis tanto a colheita da oleaginosa como para o plantio do milho, que no Estado, acontecem de forma simultânea.

O Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS e a Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja de MS avaliam que índice de comprometimento da produção varia entre 5% e 25%. A área comprometida corresponde a 1,37 milhão de hectares, 56,7%, ou seja, mais da metade do total da área plantada em Mato Grosso do Sul.

De acordo com a medida, caso seja preciso realizar manutenção, restauração e conservação de estradas, rodovias, ferrovias, dutos, linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica e telefonia e suas faixas de domínio, os produtores estão isentos da solicitação de licenciamento ambiental para a realização de tais procedimentos.

As valas poderão ser construídas até o dia 31 de março de 2016.